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Vol. 39. Issue S1.
Pages 187 (November 2019)
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ABLAÇÃO HEMORROIDÁRIA POR RADIOFREQUÊNCIA: EXPERIÊNCIA INICIAL NO BRASIL
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Guzela Vra, Sobrado Junior Cwa, Pinheiro ALdCb, Pozzebon Aga, Boarini Lra, Souza Junior AHdSea, Hora Jaba, Quintanilha Aa
a Faculdade de Medicina (FM), Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, SP, Brasil
b Clínica Campos Pinheiro, São Paulo, SP, Brasil
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Área: Cirurgia Minimamente Invasiva, Novas técnicas cirúrgicas/Avanços Tecnológicos em Cirurgia Colorretal e Pélvicas e Anorretais

Categoria: Estudo clínico não randomizado

Forma de Apresentação: Tema Livre (apresentação oral)

Objetivo(s): Analisar a viabilidade de execução e a eficácia a curto prazo da técnica de ablação por radiofrequência da doença hemorroidária.

Método: Foram incluídos 10 pacientes com doença hemorroidária de graus II, III, IV ou mista, submetidos à ablação por radiofrequência com sonda HPR45i, sob raquianestesia, inserida em até 4 posições referentes aos mamilos, transmitindo até 2500J e atingindo temperaturas entre 125 e 130°C. Os pacientes foram avaliados pela “Proctological Symptom Scale – PSS” aplicada no pré-operatório, no 7° e 30° pós-operatório, além do exame físico e de um questionamento visual (escala de 0 a 10) do grau de satisfação final em relação a toda experiência terapêutica.

Resultados: Dez pacientes foram submetidos ao procedimento porém dois pacientes foram excluídos da análise por perda de seguimento e outro por apresentar fissura anal extensa no momento da cirurgia. Dos pacientes analisados, 75% eram do sexo feminino e 25% do sexo masculino, com idades entre 28 e 51 anos (média de 38,13±8,29 anos). Destes pacientes, 75% possuíam uma doença grau III, 12,5% possuíam grau II e 12,5% o grau IV. O tempo total da cirurgia foi de 18,25±5,36 minutos, com tempo de hospitalização de 10,13±1,36 horas. Todos os pacientes foram submetidos a raquianestesia e sedação. A média do PSS pré-operatório era de 5,2±1,1, com resultado no 7° pós-operatório de 1,4±0,9 e no 30° de 0,53±0,56. Não houveram complicações pós-operatórias e a média do questionário de satisfação no 30° dia foi de 8,0±1,8. No exame físico destes pacientes no 30° pós-operatório houve completa remissão em 75% dos casos. Dois destes pacientes apresentaram redução do grau da doença para grau I à anuscopia, dentre eles aquele que apresentava doença grau IV inicialmente.

Conclusão(ões): O procedimento foi de rápida execução e compatível com alta precoce. Os pacientes apresentaram importante redução do PSS e alto grau de satisfação em relação a toda experiência. Quando se compara este estudo a uma coorte alemã de 2018 que apresentava PSS inicial de 9,9 no pré e 1,1 no 90° pós-operatório, nota-se também uma queda expressiva atribuída à terapêutica, porém com discrepância dentre os valores basais. Não houveram complicações no pós-operatório recente, sendo a trombose externa o evento mais comum relatado no estudo alemão. Como limitações deste estudo, o pequeno número de pacientes incluídos impede uma análise estatística fidedigna e o curto tempo de seguimento não permite inferir os resultados a longo prazo. Devido à curva de aprendizado dos investigadores, todos os casos foram realizados sob raquianestesia, o que aumentou o custo e o tempo de hospitalização. Os procedimentos foram executados por dois profissionais responsáveis e, inicialmente, seus objetivos eram avaliações individuais do método. Conclui-se que o método é exequível, rápido, compatível com hospital dia e eficaz a curto prazo. Novos estudos que incluem maior número de pacientes, maior tempo de seguimento e realização sob anestesia local estão em andamento.

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Journal of Coloproctology

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