Objetivo: O megacólon tóxico é uma complicação conhecida e potencialmente fatal. As taxas de mortalidade variam entre 0 a 45% e dependem da doença de base. Diante disso, o objetivo do trabalho é avaliar, através do exame físico, laboratorial e exames de imagem, qual seria a melhor abordagem frente a um quadro de megacólon tóxico.
Método: Comparação entre dois casos clínicos que envolveram pacientes com doença inflamatória intestinal, um tratado clinicamente e o outro com cirurgia.
Resultado: A paciente A.O.S, 22 anos, portadora de retocolite ulcerativa (RCU), internada por dor abdominal intensa em cólica, associada a diarreia, hematoquezia, perda de peso, vômitos e distensão abdominal, foi submetida a tratamento conservador que envolveu dieta zero, NPT, hidratação, antibioticoterapia, corticoide endovenoso e retal e mesalazina via oral e modulen, evoluiu com melhoria das queixas, diminuição da distensão e com queda importante dos leucócitos, recebeu alta após 14 dias. Reinternou 12 dias depois, apresentava diarreia, astenia, queda dos valores hematimétricos e dor em abdômen inferior, foi novamente submetida ao tratamento clínico, inclusive NPT e probióticos, e iniciados azatioprina e infliximabe. Evoluiu bem, rebeu alta após 27 dias. A paciente G.B.C.G, 16 anos, portadora de RCU, apresentava dor abdominal intensa em cólica, distensão abdominal e diarreia, foi submetida ao tratamento conversador por 72 horas, com dieta zero, NPT, hidratação, antibioticoterapia, mesalazina oral e retal, azatioprina oral e corticoide endovenoso. Evoluiu com pioria da leucocitose, queda dos valores hematimétricos, queda do estado geral, febre, taquicardia, taquipneia, pioria da distensão e da dor abdominal e aumento da dilatação do cólon na radiografia. Foi submetida a colectomia total com ileostomia. Evoluiu sem complicações, recebeu alta.
Conclusão: No megacólon tóxico a conduta inicial deve ser a correção dos distúrbios fisiológicos, a abordagem cirúrgica é precoce, na ausência de melhoria, fundamental para o melhor prognóstico.