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Vol. 38. Issue S1.
Pages 96-97 (October 2018)
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Vol. 38. Issue S1.
Pages 96-97 (October 2018)
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ADENOCARCINOMA DE RETO GIGANTE COM CRESCIMENTO FORA DOS PADRÕES USUAIS
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Izadora Lorena Ferreira Reis, Lucas Domingos Rodrigues da Cunha, Luciano Ricardo Pelegrinelli, Katyara Rodrigues Fagundes, Italo Filipe Cardoso Amorim, Emerson Abdulmassih Wood da Silva, Renata Margarida Etchebehere
Hospital de Clínicas, Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), Uberaba, MG, Brasil
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Introdução: O câncer colorretal é assunto de grande importância, por sua prevalência, fisiopatogenia e hereditariedade. No entanto, apesar de grande estudo, ainda existem casos intrigantes pela precocidade, agressividade ou padrões diferentes dos tradicionalmente descritos.

Descrição do caso: Paciente masculino, 40 anos, previamente hígido, há 8 meses iniciou dor em região sacral que irradiava para membro inferior esquerdo, progressiva, não responsiva a analgésicos e anti‐inflamatórios. Concomitantemente, surgiram hematoquezia, anemia, astenia, tenesmo e perda de 10Kg. Ao toque retal, lesão circunferencial, há 3cm da borda anal. Colonoscopia com biópsia caracterizou lesão concêntrica, estenosando a luz de reto baixo, compatível com adenocarcinoma de cólon. Tomografias evidenciaram massa anorretal circunferencial, cerca de 14cm de extensão para planos adiposos adjacentes, sem plano de clivagem com próstata e vesículas semanais, junto a linfonodomegalias perirretais, femorais, ilíacos, cavais e aórticos. Na evolução, intercorreu com perfuração de sigmoide, sendo realizado retossigmoidectomia a Hartmann. O exame histopatológico da peça cirúrgica mostrou adenocarcinoma de cólon pouco diferenciado, estendendo até a serosa, com comprometimento de quase toda a peça cirúrgica e invasão angiolinfática.

Discussão: Trata‐se de paciente com faixa etária atípica, doença extremamente avançada e com padrão pouco usual. Existia tumor gigante em topografia de reto e perfuração de sigmoide, área que se acreditava estar fora dos limites da neoplasia pelos exames de imagem. Além disso, a peça cirúrgica resultante da retossigmoidectomia a Hartmann apresentava aspecto macroscópico livre de neoplasia, no entanto, na sua análise microscópica, foi identificado acometimento de quase toda a extensão da peça cirúrgica. Além da lesão tumoral vegetante de grandes proporções, a microscopia mostrou uma invasão espraiada da parede do cólon mais que o esperado, isto é, lesões com crescimento lateral e circunferencial na parede com invasão profunda da mucosa e da submucosa e sem aspecto macroscópico visível.

Conclusão: Trata‐se de um paciente jovem, com crescimento tumoral bastante agressivo e extenso, tanto em parede colônica quanto ganglionar.

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Journal of Coloproctology
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