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Vol. 38. Issue S1.
Pages 97 (October 2018)
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Vol. 38. Issue S1.
Pages 97 (October 2018)
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ADENOCARCINOMA DE SIGMOIDE COM METÁSTASE LINFONODAL PARA MESORRETO: RELATO DE CASO DE UMA MANIFESTAÇÃO INCOMUM
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Arthur Rosado de Queiroz, Ursula Araújo de Oliveira Galvão Soares, Aline Landim Mano, Lina Maria de Goes Codes, Flávia de Castro Ribeiro Fidelis, Mayara Maraux Maranhão, Euler de Medeiros Azaro Filho
Hospital São Rafael, Salvador, BA, Brasil
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Introdução: O câncer colorretal (CCR) é uma das neoplasias mais prevalentes no mundo, sendo responsável por alta morbimortalidade. O principal tipo histológico encontrado é o adenocarcinoma. O cólon sigmoide é sitio comum da doença, sendo sua drenagem linfática habitual para linfonodos mesentéricos inferiores. Sabe‐se que a drenagem linfática aberrante é incomum no CCR.

Descrição do caso: E.A.S., 47 anos, sexo feminino, previamente hígida, com história de dor abdominal e hematoquezia há quatro meses. Prosseguiu investigação diagnóstica, com evidência de lesão em sigmoide, a 20cm da borda anal, com biópsia compatível com adenocarcinoma. Os exames de estadiamento evidenciaram imagens sugestivas de metástase para fígado (segmento VI), pulmão (lobo superior esquerdo) e linfonodo de mesorreto à direita, confirmados pelo PET‐TC. Indicada retossigmoidectomia com linfadenectomia e segmentectomia hepática, durante a qual foi realizada biópsia excisional de linfonodo em mesorreto, com congelação confirmatória para adenocarcinoma. Foi então procedida à excisão total do messorreto. Em segundo tempo, foi realizada segmentectomia pulmonar. O estudo anatomopatológico confirmou adenocarcinoma de sigmoide, metástases para linfonodo de mesorreto, fígado e pulmão (pT3 pN1c pM1a). Os 15 linfonodos ressecados em conjunto com a peça foram negativos para neoplasia. Paciente segue em acompanhamento ambulatorial há oito meses, sem recidiva da doença.

Discussão: O acometimento linfonodal no CCR é um dos principais indicadores prognósticos destes tumores, relacionando‐se com doenças em estágios mais avançados e presença de metástases à distância. No caso descrito, não houve acometimento de linfonodos de cadeia mesentérica inferior, com linfonodo de mesorreto positivo para adenocarcinoma. A invasão de linfonodos peritumorais está bem descrita na literatura, sendo raro o acometimento exclusivo de linfonodos não relacionados à cadeia de drenagem habitual. Além disso, não há relato na literatura que associe as características tumorais às metástases linfonodais à distância isoladas.

Conclusão: Apesar da raridade, não devemos afastar a possibilidade de acometimento linfonodal à distância sem invasão de cadeia de drenagem habitual, mantendo‐se a suspeição diante de linfonodo aumentado e/ou de característica patológica em qualquer região. O mesorreto não é sítio de drenagem linfonodal de adenocarcinomas de sigmoide, sendo esta manifestação rara de metástase para linfonodo não peritumoral.

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Journal of Coloproctology

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