Introdução: Níveis adequados de infliximabe (IFX) estão associados a remissão clínica e endoscópica em pacientes com doença inflamatória intestinal (DII). Existem poucos dados brasileiros sobre o assunto.
Objetivo: Estudar a associação entre nível sérico de IFX e controle da DII.
Métodos: Coorte prospectivo de pacientes com DII em regime de manutenção com IFX. Os níveis séricos de IFX foram determinados pelo teste rápido ou pelo teste Elisa. Para avaliação da atividade clínica foram usados o índice de Harvey‐Bradshaw (HBI) para doença de Crohn (DC) e o escore Mayo (parcial/total) na retocolite ulcerativa (RCU). Para avaliação de cicatrização de mucosa, foi usado o escore endoscópico simples (SES‐CD) para pacientes com DC e o Mayo endoscópico em pacientes com RCU. O estudo foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa e todos os pacientes assinaram o termo de consentimento livre e informado.
Resultados: Foram incluídos na análise 122 pacientes (n=98, CD; n=24, RCU). Os níveis séricos de IFX foram considerados satisfatórios (≥ 3μg/mL) em 47 pacientes (38,5%) e insatisfatórios (< 3μg/mL) em 75 (61,4%). Níveis satisfatórios foram associados a maiores taxas de remissão clínica (85,1 x 34,7%, p<0,001) e cicatrização de mucosas (85,1 x 16%, p<0,001).
Conclusões: Níveis satisfatórios de IFX associaram‐se a maiores taxas de remissão clínica e cicatrização de mucosa em pacientes com DII, em regime de manutenção com IFX.