Área: Doenças malignas e pré‐malignas dos cólons, reto e ânus
Categoria: Pesquisa básica
Forma de Apresentação: Tema Livre (apresentação oral)
Objetivo(s): Avaliar a prevalência de pólipos colorretais e suas características em pacientes de faixas etárias acima e abaixo de 45 anos.
Método: Analisou‐se 459 exames de colonoscopias realizadas em hospital universitário no período de janeiro a março de 2018 de convênios do Sistema Único de Saúde e privados. Foram avaliados quanto a presença de pólipos colorretais comparando‐se dois grupos divididos por faixa etária abaixo e acima dos 45 anos de idade. Os pólipos foram analisados quanto à sua localização, número, morfologia, tamanho e tipo histológico. Excluiu‐se os exames considerados incompletos por não atingirem o íleo terminal e aqueles em que o preparo foi considerado insatisfatório.
Resultados: A análise dos resultados demonstrou a exclusão de 48 (10,5%) exames considerados com preparo inadequado e 82 (17,9%) incompletos por não atingirem o íleo terminal. Foram estudados os 329 restantes com idades variáveis de 4 a 98 anos e média de 62,4 anos, sendo que destes 247 (75,1%) tinham idade superior a 45 anos e os restantes 82 (24,9%) inferiores a esta idade. Quanto ao sexo, 209 (63,5%) eram do feminino e 120 (36,5%) do masculino. Com relação plano de saúde, 167 (50,7%) eram do setor público e 162 (49,3%) do privado. Quanto aos achados, 225 (68,4%) pacientes apresentaram pólipos, 22 (6,7%) outras enfermidades e em 82 (24,9%) os exames não encontraram anormalidades. Analisando‐se os 189 (84%) com idade superior a 45 anos, foram identificados: 181 (95,6%) portadores de pólipos sésseis, tipo histológico predominante de adenomas de baixo grau em 148 (78,3%) e adenomas de alto grau/adenocarcinoma em 15 (7,9%). Quanto ao grupo abaixo de 45 anos com 36 (16%) pacientes, os achados foram: 32 (88,9%) com pólipos sésseis, predominância também de adenomas de baixo grau em 26 (72,2%) e sem a ocorrência de adenomas de alto grau/adenocarcinoma.
Conclusão(ões): Conclui‐se que a faixa etária superior aos 45 anos apresenta achados patológicos de maior risco em comparação com pacientes mais jovens devendo receber maiores cuidados diagnósticos visando a prevenção do câncer colorretal. Deve‐se frisar a importância da qualidade da indicação precisa em pacientes jovens evitando exames desnecessários e podendo contribuir para maior morbidade sem melhora da assistência médica.