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Vol. 37. Issue S1.
Pages 115-116 (October 2017)
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Vol. 37. Issue S1.
Pages 115-116 (October 2017)
P‐098
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ANÁLISE COMPARATIVA DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS DOENÇAS INFLAMATÓRIAS INTESTINAIS EM 220 PACIENTES BRASILEIROS
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Fabiola de Carlos da Rocha, Bruno Fontoura Cagliari, Thelma Larocca Skare, Gabriela Piovesani Ramos, Gustavo Caetano Giavarini
Faculdade Evangélica do Paraná (Fepar), Curitiba, PR, Brasil
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Introdução: A retocolite ulcerativa (RCU) e a doença de Crohn (DC) são doenças inflamatórias intestinais (DII) que cursam com sintomas gastrointestinais com repercussões sistêmicas inerentes ao processo patológico ou efeitos colaterais da terapia.

Objetivos: Comparar a epidemiologia, o quadro clínico, os medicamentos usados, a prevalência de comorbidades, as manifestações extraintestinais entre pacientes com DC e RCU.

Métodos: Estudo transversal, observacional e multicêntrico com 220 pacientes (70 DC; 150 RCU; 20% homens; idade mediana de 33 anos). Foram comparadas variáveis demográficas (idade, sexo) e clínicas (comorbidades, idade ao diagnóstico, medicamentos e presença de manifestações extraintestinais).

Resultados: Quanto ao comprometimento gastrointestinal na RCU: 92,5% dos pacientes tinham a doença restrita ao reto; 47,4% atingiam apenas um segmento e em 8,2% existia pancolite. Quanto à DC: 47,1% relataram acometimento de apenas um segmento; 1,4%, de quatro segmentos; a estenose segmentar existiu em 18,5% e o íleo foi a porção mais acometida (77,2%). A análise comparativa das DII não mostrou existir diferença quanto a sexo (p=0,27); idade de início de doença (p=0,48); número de comorbidades (p=0,86). As manifestações musculoesqueléticas foram as mais comuns (53,8%), mas não diferiram entre as DII (p=0,12 e 0,59 para periféricas e axiais respectivamente). Também não se detectaram diferenças na prevalência de manifestações cutâneas (p=0,87), uveíte (p=0,87); renais/urológicas (p=0,20); hepáticas (p=0,31) e pulmonares (p=1); 89,09% faziam uso diário de medicamentos. Mesalazina foi o medicamento mais usado (57,7%) e mais comum em RCU (p<0,0001), seguido de azatioprina (29,09%), que foi mais comum em DC (p=0,01). Em DC observou‐se maior uso de anti‐TNFα (p=0,0007), mas não existiram diferenças quanto ao uso do corticoide (p=0,85) nem antidepressivos (p=0,37).

Conclusão: O perfil clínico e epidemiológico das duas DII estudadas é, em nosso meio, muito semelhante, difere apenas nas características do envolvimento intestinal e de tratamento.

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Journal of Coloproctology

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