Área: Miscelâneas
Categoria: Estudos de Revisão
Forma de Apresentação: Pôster
Objetivo(s): O uso de ileostomias em alça como derivação de trânsito é uma técnica cirúrgica amplamente aplicada em cirurgias colorretais que envolvam anastomoses extraperitoneais com o objetivo de se prevenir a sepse pélvica em seu período de cicatrização. As complicações mais frequentes relacionadas a adoção de ileostomia são o distúrbio hidroeletrolitico associado à desidratação e a dermatite periostomal; citam‐se também o prolapso da ostomia, a hérnia paraostomal e a obstrução intestinal. Este trabalho objetiva realizar uma análise retrospectiva em prontuários dos fechamentos de ileostomias em alça do serviço de Coloproctologia do Hospital Felício Rocho em Belo Horizonte. Comparar as técnicas de fechamento manual e mecânica bem como seus desfechos e complicações pôs operatórios.
Método: Análise retrospectiva em prontuários nos últimos 30 meses, no período de 01/01/2017 a 04/06/2019.
Resultados: Foram realizados 99 fechamentos de ileostomia neste período, sendo 52 homens e 47 mulheres. 43 dos procedimentos envolveram anastomose mecânica e 56 anastomose manual; o tempo médio de internação foi de 7,35 dias, sendo 6,94 em pacientes do grupo manual e 7,88da anastomose mecânica. O tempo médio decorrido da cirurgia inicial para o fechamento foi de 19,75 semanas, sendo o mais precoce 05 semanas e o mais longínquo 56 semanas. Complicações envolvendo fístulas anastomóticas totalizaram 06 casos (6,06%), em número absoluto igual nos dois grupos, de 03 para cada.
Conclusão(ões): A ileostomia em alça se mostra um método de derivação de trânsito seguro e com baixo índice de complicações; as complicações pós operatórias dos dois grupos e suas taxas apresentaram‐se de forma semelhante e dentro do apresentado na literatura. A adoção da anastomose mecânica, progressivamente mais presente na casuística, não traz um prejuízo no que concerne às complicações pôs operatórias; cita‐se ainda uma redução, mesmo que pequena, do tempo cirúrgico envolvido.