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Vol. 37. Issue S1.
Pages 7 (October 2017)
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Vol. 37. Issue S1.
Pages 7 (October 2017)
TL2‐015
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ANÁLISE DE SOBREVIDA E FATORES PROGNÓSTICOS APÓS AMPUTAÇÃO ABDOMINOPERINEAL EXTRAELEVADORA DO RETO
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Renato Gomes Campanati, Kelly Christine de Lacerda Rodrigues Buzatti, Ana Carolina Parussolo André, Beatriz Deoti, Magda Maria Profeta da Luz, Antônio Lacerda Filho, Rodrigo Gomes da Silva
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte, MG, Brasil
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Objetivo: Demonstrar as taxas de sobrevida global e descrever fatores prognósticos em pacientes com adenocarcinoma de reto submetidos a amputação abdominoperineal do reto extraelevadora (AAP).

Método: Série de casos retrospectiva de pacientes com adenocarcinoma submetidos a AAP em um centro oncológico brasileiro entre janeiro/2011 e junho/2017. Análise de sobrevida foi calculada através do método de Kaplan‐Meier e do teste log‐rank. Foram feitas análises univariada e multivariada.

Resultados: Foram submetidos a AAP 41 pacientes com adenocarcinoma de reto, dos quais 31 como abordagem cirúrgica primária e 10 como cirurgia de resgate; 48,8% eram do sexo feminino, com CEA pré‐operatório médio de 25,7 ng/mL (0,8‐556). A maioria do pacientes eram estádio T3 (41,5%) e N0 (70,7%). Videolaparoscopia foi usada em 28,6% dos casos, todos feitos através da técnica extraelevadora, tempo operatório médio de 285 minutos (165‐480), tempo de internação médio de 10 dias (2‐47), complicações Clavien‐Dindo ≥ 3 em apenas cinco pacientes, com mortalidade em 30 dias de 4,9%. O comprometimento da margem de ressecção circunferencial ocorreu em 17,1% dos pacientes, com sobrevida global em cinco anos de 55%. Os principais fatores prognósticos foram: margem de ressecção acometida (p=0,041), linfonodos positivos (p<0,001) e metástases a distância (p=0,023).

Conclusão: Apesar da padronização do tratamento cirúrgico do câncer de reto com a introdução da excisão total do mesorreto, diversos trabalhos têm demonstrado uma superioridade oncológica especialmente da ressecção anterior do reto sobre a AAP, essa última normalmente relacionada a maiores taxas de envolvimento da margem de ressecção circunferencial, maior recorrência local e pior prognóstico. Os valores apresentados no presente estudo vão ao encontro com os expostos na literatura, com sobrevida global em cinco anos que variou entre 27% e 70% e envolvimento das margens de ressecção circunferencial entre 11% e 35%.

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