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Vol. 38. Issue S1.
Pages 161-162 (October 2018)
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Vol. 38. Issue S1.
Pages 161-162 (October 2018)
TL93
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ANOPLASTIA COM AVANÇO DO PLICOMA: UMA NOVA TÉCNICA PARA O TRATAMENTO DA FISSURA ANAL CRÔNICA
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Carlos Walter Sobrado Junior, Vivian Regina Guzela, José Américo Bacchi Hora, Lucas Faraco Sobrado, Sérgio Carlos Nahas, Ivan Cecconello
Hospital das Clínicas (HC), Faculdade de Medicina (FM), Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, SP, Brasil
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Objetivo: Algumas técnicas de anoplastia são descritas para reconstituir o canal anal e a junção mucocutânea em pacientes portadores de fissura anal crônica submetidos à fissurectomia. Diferentes tipos de retalhos cutâneos de variada complexidade podem apresentar complicações relacionados à tensão na linha de sutura, suprimento sanguíneo deficiente, deiscência, fibrose, defeitos cicatriciais extensos na área doadora e distúrbios funcionais. O objetivo deste trabalho é descrever uma nova técnica de anoplastia com a utilização do plicoma anal na confecção do retalho, que dispensaria incisões na pele sã adjacente, naqueles portadores de fissura anal crônica refratários ao tratamento conservador.

Métodos: Quinze pacientes de baixo risco cirúrgico (American Society of Anesthesiologists ‐ ASA I e II), portadores de fissura anal crônica refratária ao tratamento clínico (administração tópica de agentes bloqueados de canal de cálcio e otimização do hábito intestinal com medidas dietéticas e emolientes orais), com dados pressóricos esfincterianos manométricos normais, foram selecionados para o estudo. Após consentimento, esses pacientes foram submetidos à fissurectomia e anoplastia com avanço do plicoma sentinela.

Resultados: Dos quinze pacientes selecionados, dez eram do sexo feminino (66,7%) e os demais do sexo masculino (33,3%). Treze pacientes apresentavam fissuras posteriores (86,7%) e os demais na região anterior. Não houveram complicações no intra ou pós‐operatório em nenhum dos quinze casos. Manometria anorretal foi realizada entre o 60∘e o 90∘ pós‐operatório em todos os pacientes com achado de pressão de repouso de 60,5 ± 9,2mmHg e a cicatrização completa ocorreu entre 90 a 180 dias. O tempo médio de seguimento foi de 29 meses (12 a 56 meses) e neste período não foi observada incontinência anal ou recidiva.

Conclusão: Fissurectomia e anoplastia com avanço do plicoma parece ser um procedimento seguro e eficiente para o tratamento da fissura anal crônica, podendo ser utilizado em pacientes selecionados de forma ambulatorial a baixo custo. Os resultados preliminares mostram altos índice de cicatrização e baixa morbidade. Deve‐se considerar como limitações da técnica a necessidade da presença de um plicoma para confecção do retalho e o pequeno número de pacientes avaliados até o momento.

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Journal of Coloproctology

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