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Vol. 38. Issue S1.
Pages 154-155 (October 2018)
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Pages 154-155 (October 2018)
TL78
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ANTIBIOTICOPROFILAXIA EM CIRURGIAS ORIFICIAIS EM HOSPITAL PÚBLICO DE SALVADOR. QUANDO REALMENTE USAR?
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Jamille Eller Andrade Batista, André Luiz Santos, Carlos Ramon Silveira Mendes
Hospital Geral Roberto Santos (HGRS), Salvador, BA, Brasil
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Dentre as diversas medidas de prevenção da infecção de sítio cirurgicio (ISC), a utilização de antimicrobiano com fins profiláticos também merece atenção especial. Embora tendo sua indicação hipertrofiada, a profilaxia apresenta utilidade em diversas situações. Nos procedimentos cirúrgicos orificiais que são considerados procedimentos contaminados a utilização de antimicrobianos profiláticos provocam várias discussões em cima da sua indicação e a real necessidade. Nosso objetivo foi demonstrar através da amostra de pacientes entre março de 2017 a março de2018 que a utilização deve ser racionada e ponderada conforme a individualização do quadro clínico de cada paciente.

Foram realizados no período 161 cirurgias orificiais no período com critério de exclusão de 6 cirurgias de correção de fístulas reto‐vaginais. Dessas foram 91,6% foram Day‐Hospital,7,10% foram eletivas e 1,3% urgência. Desses o diagnóstico mais prevalente foi a fístula anorretal com 40,99%,hemorróidascom 38,51%, Cistopilonidal com4,35%, Fissura anal com 4,35%. O tempo cirúrgico médio foi de 30 a 60 minutos em 60,25% da amostra. A hemorroidectomia correspondeu a 37,2% dos procedimentos, Fistulectomiasa 32,92%, Fistulotomiaa 4,97%. Em torno de 89,68% dos pacientes não utilizaram nenhum tipo de antibiótico profilaxiano período, 5,81% utilizaram ciproflorxaci no emetronidazol, 2,58%Cefazolinae 1,94%Ciproflorxacino. Desses os critérios para inclusão foram a cirurgia de urgência, pacientes imunossuprimidos, portadores de doença inflamatória intestinal e cardiopatas. A infecção do leito cirúrgico correspondeu a 2,2% das cirurgias realizadas. Todas essas foram procedimentos de fistulectomias de internação eletiva em pacientes com HIV e doença inflamatória intestinal. Foram tratados ambulatoriamente com medicação antibiótica via oral, limpeza local e banho de assento. Em nossa amostra anual foi evidenciado que não há benefícios em usar antibióticos profiláticos para realização de cirurgias orificiais. A não administração não aumentou as taxas de infecção e não evidenciaram o desenvolvimento de patologias como a síndrome defournier. E o seu uso quando mal indicado pode levar o desenvolvimento de resistência e aumento dos custos operacionais de maneira desnecessária. A recomendação, na grande maioria dos casos, é a de que a antibioticoprofilaxia seja realizada apenas durante o período pré‐operatório em casos individualizados.

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Journal of Coloproctology

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