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Vol. 37. Issue S1.
Pages 148-149 (October 2017)
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Vol. 37. Issue S1.
Pages 148-149 (October 2017)
P‐175
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APENDICITE AGUDA PÓS‐COLONOSCOPIA
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Emerson Abdulmassih Wood da Silvaa, Katyara Rodrigues Fagundesa, Natália Maria Jacom Abdulmassih Wooda, Larissa Jacom Abdulmassih Woodb, Luciano Ricardo Pelegrinellia, Aurélio Fabiano Ribeiro Zagoa, Paula Lutffala Pessoaa
a Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), Uberaba, MG, Brasil
b Centro Universitário São Camilo, Belo Horizonte, MG, Brasil
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Introdução: A apendicite aguda constitui a causa mais frequente de abdômen agudo inflamatório e provavelmente é a doença cirúrgica mais comum no abdômen. Tem vários fatores causais, porém a colonoscopia não é pensada de rotina.

Descrição do caso: Paciente de 72 anos, sexo feminino, foi submetida a uma colonoscopia para rastreamento de neoplasia colorretal. Fez o preparo do cólon com manitol sem intercorrência e a colonoscopia mostrou‐se sem alterações significativas. Após 12 horas do exame, começou a apresentar dor abdominal de caráter progressivo na fossa ilíaca direita. Como não apresentou melhoria, iniciou‐se investigação diagnóstica que comprovou um apêndice cecal inflamado com sinais de perfuração na ponta. A paciente foi prontamente operada pelo método videolaparoscópico e toda a cirurgia documentada em vídeo.

Discussão: No caso em questão, a causa da apendicite como sendo pela colonoscopia se firmou pelo fato de a faixa etária da paciente não apresentar frequência dessa doença, pela rápida evolução do quadro clínico logo após o exame feito e os achados de um apêndice inflamado com sinais de perfuração pelo aumento da pressão intraluminal do órgão e sem outras possíveis causas para a apendicite aguda. Houve aproximadamente 14 casos relatados na literatura inglesa desde 1988. Entre os casos relatados, a idade média era de 54,4 anos, a proporção entre homens e mulheres era de 10:1 e o início dos sintomas variou entre 12h a cinco dias. As possíveis explicações para a apendicite pós‐coloscopia são: intubação direta do lúmen apendicular, edema local e obstrução do lúmen secundário à lesão da mucosa em torno do orifício apendicular, barotrauma, penetração de fecalitos dentro do lúmen, bombeados através do colonoscópio, e doença subclínica do apêndice.

Conclusão: Embora a apendicite pós‐colonoscopia seja rara, ela deve ser considerada em pacientes com dor em fossa ilíaca direita após o exame.

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Journal of Coloproctology

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