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Vol. 38. Issue S1.
Pages 116 (October 2018)
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Vol. 38. Issue S1.
Pages 116 (October 2018)
TL05
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AVALIAÇÃO CLÍNICA E FUNCIONAL EM DOENTES COM CÂNCER DO RETO INFERIOR ANTES E APÓS QUIMIORADIOTERAPIA NEADJUVANTE
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Claudia Luciana Fratta, Sandro Nunes Angelo, Lilian Vital Pinheiro, Felipe Osório da Costa, Carlos Augusto Real Martinez, Daniela Oliveira Magro, Cláudio Saddy Rodrigues Coy
Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Campinas, SP, Brasil
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Introdução: Os efeitos da quimioterapia e da radioterapia na funcionalidade anorretal ainda são pouco estudadas, o que torna‐se relevante principalmente porque a terapia neoadjuvante do câncer de reto está associada a maiores taxas de preservação esfincteriana e redução de recidiva logo regional.

Objetivo: Avaliara função anorretal de doentes com câncer do reto por manometria e grau de incontinência pelo escore de Wexner antes e pós‐terapia neoadjuvante.

Material e método: Pacientes com adenocarcinoma foram submetidos à manometria anorretal com sistema de perfusão pneumohidráulico com cateter axial de oito canais, antes e oito semanas após terapia. Foram avaliadas a pressão anal média de repouso, pressão máxima de contração voluntária. Os pacientes foram divididos em dois grupos definidos pela altura da lesão, a partir da linha pectínea, grupo1 lesão ≤ 4cm e grupo 2 lesão > 4cm. Empregou‐se o escore de Jorge‐Wexner pré e pós neoadjuvância para a avaliação clínica do grau de incontinência.

Resultado: Trinta e três indivíduos, com idade média de 62.39±12.21 anos, sendo 81.8% do sexo masculino foram estudados. O IMC foi de 25.8±5,16kg/m2 e 57.6% eram brancos. A avaliação pré neoadjuvância evidenciou que os pacientes do grupo1 apresentaram pressão média de repouso de 45.84±16.01mmHg e do grupo 2 62.5±16.66mmHg, ou seja dentro da normalidade. Após tratamento ambos os grupos apresentaram queda significativa da pressão de repouso, grupo 1 (35,01±11.55mmHg, diminuição de 10,38mmHg P=0,001) e grupo 2 (41,66±14,20mmHg diminuição de 20,84mmHg P=0,026). Quanto à contração voluntária máxima, a avaliação pré neoadjuvância evidenciou pressão de: grupo 1 160,3±39.85mmHg, grupo 2 168.75±58,98mmHg, dentro da normalidade. Após o tratamento, ambos os grupos apresentaram queda nos valores de contração grupo 1 (138,53±52,44mmHg diminuição de 21,77mmHg P=0,008), grupo 2 (142,26±49 diminuição de 26,49mmHg P=0,078). Quanto à análise do grau de incontinência pelo escore de Wexner o grupo 1 apresentou média de 3,56±3,11 e o grupo 2 média de 3,88±4,49. Na avaliação pós‐tratamento a média apresentada no grupo 1 foi 3,19±4,21 P=0.55 e no grupo 2 4,00±5,62 P=0.79.

Conclusão: O emprego de terapia neoadjuvante associou‐se a diminuição dos valores de pressão de repouso e contração voluntária (p<0,05), independente da altura da lesão e o grau de incontinência não apresentou alteração.

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Journal of Coloproctology
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