Introdução: A retirada dos tumores com margem livre de câncer é essencial no prognóstico da morbimortalidade, determina a retirada completa da neoplasia em seu local de origem. A analise anatomopatológica associada à imuno‐histoquímica das margens tumorais tem sido cada vez mais adotada e é capaz de indicar a densidade linfática local e intramural.
Objetivo: Analisar a densidade linfática tumoral e peritumoral e avaliar a invasão intramural tumoral distal e proximal.
Método: Foram estudados prospectivamente 13 pacientes com diagnóstico de adenocarcinoma na topografia do cólon descendente, sigmoide e reto, submetidos a ressecção cirúrgica. Os pacientes foram submetidos a estadiamento clínico pré‐operatório seguido de tratamento cirúrgico adequado. Depois de retirada, a peça cirúrgica foi medida em centímetros. Em seguida, avaliou‐se a margem tumoral por imuno‐histoquímica, com anticorpo anti‐D2‐40, e quantificou‐se a densidade de marcadores de tecido linfático a partir da margem tumoral proximal e distal.
Resultados: A densidade linfática é menor no tecido tumoral, aumenta a partir da margem tumoral e mantém‐se com baixa densidade linfática até 2cm distais ao tumor e até 1,5cm proximal ao tumor.
Conclusões: Alterações na densidade linfática ocorrem no desenvolvimento de câncer colorretal. A avaliação de densidade linfática peritumoral pode desempenhar um papel potencial no estadiamento patológico.