Objetivo: Analisar a experiência inicial de 15 primeiros casos de THD no nosso serviço.
Métodos: Estudo retrospectivo que avaliou pacientes submetidos à técnica de THD entre outubro de 2016 e março de 2017.
Resultados: A amostra é composta por 15 pacientes, com idade média de 47 anos. Constatou‐se predominância do sexo masculino (80%). O diagnóstico de maior incidência foi DH de 3° grau (33%), seguido de DH de 2° grau (13%) e DH de 2° grau com plicomas externos (13%). A THD pura (60%) foi a cirurgia mais feita, seguida da THD associada a hemorroidectomia clássica (27%). As complicações mais frequentes no PO foram trombose hemorroidária (7%) e sangramento leve (7%), a maioria (87%) dos pacientes não apresentou complicações. Os sintomas mais prevalentes no PO foram tenesmo (67%), dor (80%) e disquezia (13%). A alta ambulatorial dos pacientes após 30 dias (40%) foi a mais prevalente, seguida da alta após 60 (27%) e após 90 (13%). Uma parte dos pacientes (20%) ainda se encontra em acompanhamento.
Discussão: Atualmente, o tratamento da DH ainda é individualizado. Por ser uma doença prevalente e com impacto na qualidade de vida dos pacientes, novas técnicas cirúrgicas se fazem necessárias para uma abordagem eficaz, principalmente nos casos refratários à terapia conservadora. Em um estudo recente, com 803 pacientes, a complicação pós‐operatória mais prevalente foi tenesmo ou dor anal em 18% da amostra, com taxa de sucesso de 90,7%.
Conclusão: Este estudo demonstra uma experiência inicial com o uso de THD para tratamento de DH, com resultados semelhantes aos achados na literatura.