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Vol. 38. Issue S1.
Pages 147-148 (October 2018)
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Vol. 38. Issue S1.
Pages 147-148 (October 2018)
TL63
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AVALIAÇÃO DA PREVALÊNCIA DA INCONTINÊNCIA ANAL EM POPULAÇÃO DE AMBULATÓRIO DE ATENÇÃO SECUNDÁRIA
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Marleny Novaes Figueiredo de Araújoa,b,c, Guilherme Grabin Graneroa,b,c, Carla Baioni Bonadioa,b,c, João Luiz Brisottia,b,c
a Faculdade de Ciências da Saúde de Barretos Dr. Paulo Prata, Barretos, SP, Brasil
b Hospital do Câncer de Barretos, Barretos, SP, Brasil
c Ambulatório Médico de Especialidades (AME) de Barretos, Barretos, SP, Brasil
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Introdução: Incontinência anal (IA) é a queixa de perda involuntária de fezes e/ou flatos, com frequência descrita na literatura de 1 a 20%. É um sintoma que afeta a qualidade de vida dos pacientes nas esferas física, psicológica e social. Parece haver pouca indagação de profissionais de saúde a respeito desta queixa, assim como vergonha de os pacientes relatarem esta queixa para seus médicos ou agentes de saúde.

Objetivo: Avaliar a prevalência da incontinência anal, em seus diferentes graus de gravidade, na população de um ambulatório de serviço de atenção secundária.

Metodologia: O estudo é do tipo epidemiológico descritivo e transversal envolvendo pacientes de ambulatório de atenção secundária. Foi aplicado questionário de dados pessoais/médicos e, nos pacientes com queixas de incontinência anal (a sólidos, líquidos ou gases; soiling; perdas insensíveis; urgência evacuatória), também foi aplicada a escala de incontinência de Jorge‐Wexner.

Resultados: Foram aplicados 420 questionários, sendo 262 pacientes do sexo feminino (63,4%) e idade mediana de 56 anos (18 a 97 anos. 80 pacientes (19,1%) apresentavam queixas de incontinência anal. Dentre estes, 48 (60%) apresentavam queixas de soiling, 48 (60%) de incontinência para gases, 46 (57,5%)%) de urgência, 24 (30%) de incontinência para líquidos, 23 (28,8%) de incontinência para sólidos e 23 (28,8%) de perdas insensíveis. Apenas 15 pacientes (18,8%) procuraram atendimento médico devido a esta queixa. Dentre os motivos citados para não procurar atendimento, o principal foi acreditar que o sintoma era normal (12 pacientes ‐ 15%), além de outros como não achar necessário atendimento médico (3,8%) e por vergonha (2,5%). Outros motivos citados foram dificuldade de atendimento médico e acreditar que medicações ou doenças eram a razão da queixa. Dentre os pacientes com IA, 49 (70%) apresentavam IA leve (score Wexner<10) e 21 (30%) apresentavam IA moderada a grave (score Wexner10). Dez pacientes apresentavam apenas sintomas de urgência e/ou soiling, não gerando pontuação para o score de Jorge‐Wexner.

Conclusão: Em nosso estudo a incidência de IA foi semelhante à descrita na literatura, com a maioria das queixas relacionadas a soiling, urgência e IA para gases. O fato de a maioria dos pacientes apresentarem incontinência anal leve e acreditarem ser normal a presença de tal sintoma possivelmente contribui para a falta de busca de atendimento para a queixa.

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Journal of Coloproctology

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