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Vol. 39. Issue S1.
Pages 202-203 (November 2019)
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Vol. 39. Issue S1.
Pages 202-203 (November 2019)
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Avaliação das lesões esfincterianas em pacientes com história de parto vaginal e sintomas de incontinência: correlação entre os achados ultrassonográficos, clínicos e funcionais
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2016
G.O.S. Fernandes, R.G.L. Barreto, M.T.C.C. Oliveira, N.C. Mota, M.T. Pinto, B.B.F. Soares, N.M. Souza, J.B.P. Barreto
Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão (HUUFMA), São Luís, MA, Brasil
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Área: Doenças do assoalho pélvico/Fisiologia Intestinal e Anorretocólica

Categoria: Pesquisa básica

Forma de Apresentação: Tema Livre (apresentação oral)

Objetivo(s): Avaliar a presença de lesão esfincterina utilizando a ultrassografia endorretal tridimensional em pacientes com história de parto vaginal e correlacionar os achados com os escores de incontinência fecal e os achados manométricos.

Método: Estudo retrospectivo realizado através de uma revisão de prontuários 20pacientes, no período de outubro de 2016 a dezembro de 2018, com queixas de incontinência fecal e com história de parto vaginal, que foram submetidas a ultrassonografia endorretal tridimensional e eletromanometria anorretal. Foi utilizado o escore de incontinência fecal de Wexner para quantificação do grau da incontinência.

Resultados: Foram incluídas no estudo 20mulheres com idade superior a 18anos. Destas, 4foram excluídas por referirem cirurgia anorretal prévia. A média de idade das pacientes foi de 57,43 anos+/‐ 12,55, variando de 38 a 77anos. A mediana de partos foi de 3 (variando 1 a 16 partos) e a mediana de escore de incontinência de Wexner foi de 5 (variando de 2 a 16). Das 16pacientes, 8foram submetidas a episiotomia e 2tiveram auxílio de fórceps no parto. A média das pressões de repouso foi de 39,91mmHg+/‐ 22,16 (variando de 8,9mmHg a 76,4mmHg). A média das pressões voluntárias máximas foi de 87,54mmHg+/‐ 56,54 (variando de 20, 40mmHg a 246,80mmHg). Das 16pacientes avaliadas, 13tiveram lesão de esfíncter anal externo (EAE) e destas, 5apresentaram concomitantemente lesão do esfíncter anal interno (EAI). Todas as lesões encontradas foram na hemicircunferência anterior do canal anal. A média do ângulo de lesão do EAE foi de 124°+/‐ 23,74° (variando de 95° a 179°). Não houve correlação do ângulo de lesão e o escore de incontinência (r=0,1856, p=0,54), assim como não houve correlação entre o escore de incontinência e a pressão de repouso (r=0,3278, p=0,21), pressão de contração (r=0,1261, p=0,64), a idade (r=0,1046, p=0,64) e número de partos (r=‐0,4070; p=0,11). Não houve correlação entre o ângulo de lesão e as pressões de contração (r=0,178; p=0,56).

Conclusão(ões): Em pacientes com parto vaginal e queixas de incontinência é frequente observar lesão esfincteriana na hemicircunferência anterior do canal anal, especialmente do esfíncter anal externo. Além disso, observa‐se ainda redução das pressões anais de repouso e de contração. Porém não foi possível estabelecer correlação entre a severidade da incontinência fecal e os achados manométricos e ultranossonográficos.

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Journal of Coloproctology
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