Introdução: A incontinência fecal é uma queixa com grande impacto na qualidade de vida. Sua causa é multifatorial, seu diagnóstico é subestimado, e sua prevalência crescente com a idade. Com o crescimento da população mundial de idosos, haverá um aumento desse sintoma em 59% no período de 2010 a 2050. Procurar métodos de aumento na detecção desse problema é necessário para o tratamento adequado e melhora de qualidade de vida desses pacientes.
Métodos: Aplicação de questionários de qualidade de vida e gravidade/frequência dos sintomas em mulheres adultas, nulíparas e multíparas, que procuram atendimento médico em ambulatório de coloproctologia e ginecologia/obstetrícia por outras causas que não incontinência fecal.
Resultados e discussão: Foram entrevistadas 100 pacientes sendo 54 provenientes dos ambulatórios de ginecologia e obstetrícia e 46 provenientes dos ambulatórios de coloproctologia. As idades variam de 15 a 86 anos. Das pacientes entrevistadas 30% eram solteiras, 43% casadas, 8% viúvas, 9% divorciadas e 9% outro estado civil. Interrogadas as escolaridades encontramos: 2% analfabetas, 32% ensino fundamental incompleto, 12% ensino fundamental completo, 13% ensino médio incompleto, 25% ensino médio completo, 10% ensino superior incompleto e 5% ensino superior completo. Foram encontrados sintomas de incontinência fecal em 40% das mulheres entrevistadas. Sendo considerada 63% leve, 29% moderada e 8% grave. A pontuação obtida pelo questionário de qualidade de vida variou de 39 a 119.
Conclusão: A sistematização de métodos de rastreamento da incontinência fecal, juntamente com a conscientização dos profissionais de saúde e informação à população é de extrema importância para adequado diagnóstico e tratamento dos pacientes, impactando na melhora da qualidade de vida da população afetada.