Objetivo: Avaliar o acometimento de linfonodos laterais após o esvaziamento pélvico lateral (EPL) em pacientes com adenocarcinoma de reto distal localmente avançado.
Método: Análise retrospectiva de portadores de adenocarcinoma de reto distal submetidos a esvaziamento pélvico lateral entre 2010 e 2017. Fez‐se EPL em doentes com estadiamento pré‐terapia neoadjuvante de T3 ou T4, N positivo ou achado intraoperatório de linfonodomegalia em cadeias laterais.
Resultados: EPL foi feito em 41 pacientes, 56% do sexo masculino, com média de 57,6 anos. Terapia neoadjuvante foi feita em 85,3% pacientes, com média de intervalo para cirurgia de 16,4 semanas. Amputação abdominoperineal foi feita em 29,3% dos casos, retossigmoidectomia com anastomose coloanal em 31,7% e colorretal em 34,1%. Tumor bem diferenciado foi encontrado em 9,7%, moderadamente em 73,4% e 14,6% apresentaram regressão total da lesão. Evidenciou‐se invasão vascular, linfática e perineural em 36,5%, 26,8% e 34,1%, respectivamente. A variação de linfonodos examinados foi de seis a 125, com até acometidos, e o acometimento de linfonodos laterais ocorreu em três (7,31%) pacientes.
Conclusão: O acometimento linfonodal em cadeias laterais de 7,31% justifica o EPL em casos avançados de adenocarcinoma de reto distal, mesmo após terapia neoadjuvante.