Introdução: O câncer colorretal sabidamente tem como origem de um pólipo intestinal. Esse pólipo em algumas situações leva muitos anos para se tornar maligno. Isso permite que com a colonoscopia de rotina esses pólipos possam ser retirados antes de se transformar em tumores malignos.
Descrição do caso: Paciente de 56 anos, sexo masculino, foi submetido a uma apendicectomia videolaparoscopia sem intercorrências. Como o ceco apresentava‐se bastante inflamado e por rotina pela faixa etária, depois de 40 dias da cirurgia o paciente fez colonoscopia, que se apresentou normal. Após dois anos de cirurgia, persistia com dor na fossa ilíaca direita e fez nova colonoscopia com resultado normal. Um ano mais se passou e começou a ficar anemiado. Nova colonoscopia foi solicitada e então diagnosticada volumosa massa em ceco. O exame anatomopalógico confirmou tratar‐se de um adenocarcinoma. Foi feita uma colectomia direita oncológica por videolaparoscopia com boa evolução clínica.
Discussão: O câncer de intestino grosso, segundo a maioria dos autores, inicia‐se de um pólipo adenomatoso que lentamente evolui para um tumor maligno. Diante disso, os nossos pacientes recebem uma informação de segurança de poder fazer o exame de colonoscopia em determinado intervalo de anos e com isso fazer a sua prevenção do câncer colorretal. O presente caso vem contra essa falsa sensação de segurança.
Conclusão: A clínica do paciente nunca deve ser desprezada mesmo com exames de colonoscopia prévios normais.