Objetivo: Relatar a experiência do serviço de Coloproctologia de um hospital universitário de Salvador‐Bahia, na realização de cirurgias de acesso anorretal em um período de dois anos.
Métodos: Estudo transversal retrospectivo, com dados coletados do prontuário médico dos pacientes submetidos às cirurgias com acesso anorretal realizadas pelo serviço de Coloproctologia, no período de março de 2016 a março de 2018.
Resultados: Foram realizadas 169 cirurgias com acesso anorretal, em um total de 154 pacientes. Destes, 78 (50,6%) do sexo masculino e 76 (49,4%) do sexo feminino. A idade dos pacientes variou entre sete e 81 anos, com uma média de 45 anos de idade. As principais cirurgias com acesso anorretal se distribuiram da seguinte forma: tratamento cirúrgico de hemorróidas (31,36%), tratamento de fístula anorretal (24,85%), exame proctológico sob anestesia (16,56%), biópsia de lesão em canal anal/ânus (8,28%), tratamento de cisto pilonidal (5,32%), esfincterotomia lateral interna (4,14%), cirurgia de Delorme (2,36%), retossigmoidectomia perineal ‐ procedimento de Altemeier (1,77%), correção de retocele (2,36%), entre outras (2,95%). O diagnóstico mais comum encontrado foi a doença hemorroidária (31,36%). Ocorreram um total de seis complicações, dentre elas, uma trombose hemorroidária externa, cefaléia pós raquianestesia, um caso de fasceíte necrotizante perianal, e um acidente vascular cerebral, este, levando ao único óbito da amostra.
Conclusão: Nesse estudo, observa‐se através dos resultados, a importância da busca por uma melhora constante na qualidade do serviço prestado na rede pública.