Introdução: A ressecção laparoscópica de cólon é superior à cirurgia aberta em relação à dor pós‐operatória, recuperação e menor tempo de internação hospitalar.
Objetivo: Demonstrar a técnica cirúrgica em colectomia direita videolaparoscópica com anastomose extracorpórea.
Método: F.D.B., 72 anos, antecedente de hernioplastia inguinal direita há 10 anos, queixa de dor em hipogástrio em cólica, pós prandial, há 1 ano, associado a fezes em fita e perda ponderal de 8kg em 4 meses. Colonoscopia com lesão ulcerada em cólon ascendente, biópsia confirmando adenocarcinoma. Realizou TC de tórax, abdome e pelve demonstrando massa em região do cólon ascendente e linfonodomegalias em região mesentérica, ausência de lesões à distância. Submetido à Colectomia direita videolaparoscópica com ileotranverso anastomose extracorpórea. Passado trocater de 11m umbilical, além de 3 trocartes de 5mm em QSD, QID, QIE e de 12m em QSE. Durante inventário da cavidade observada lesão em cólon ascendente de 8cm, ausência de sinais de carcinomatose ou metástases hepáticas. Iniciado com a liberação do folheto medial do mesocólon direito até cólica média e duodeno. Descolamento medial até goteira parietocolica direita e cranialmente até retrocavidade. Clipagem e secção do tronco íleo‐cólico junto à origem na mesentérica superior. Dissecção da fascia de Toldt e ligadura com clips dos ramos direitos da cólica media. Descolamento do intercoloepiplóico, liberando o ângulo hepático até o transverso distal, dissecção do mesocolon e preparo do íleo e do colón transverso. Observado pequeno sangramento em ramo da cólica média tratado com clipe. Ampliada incisão mediana com 5cm, exteriorizado o cólon dissecado protegendo a parede. Confeccionada anastomose íleo‐transverso à Barcelona anisoperistáltica com endogia, seguida de secção do íleo terminal e cólon transverso com grampeador endogia e retirada da peça. Anatomopatologico: adenocarcinoma invasivo de cólon, margens livres, metástases em 7 de 34 linfonodos ressecados, pT3 pN2b.
Resultado: Paciente evoluiu sem complicações no pós‐operatório, boa aceitação da dieta e evacuações preservadas, alta hospitalar no 7° PO.
Conclusão: Em pacientes com comorbidades que justifiquem menor tempo operatório, indisponibilidade de material laparoscópico adequado, ou cirurgião com pouca experiência em endossuturas, a realização de anastomose extracorpórea oferece uma alternativa segura para reconstrução nas colectomias.