Objetivo: Avaliar a relação de complicações pós‐cirúrgicas em pacientes com DII e o uso de anti‐TNF no período de até 30 dias de pós‐operatório, a partir do ato cirúrgico, visando às condições clínicas do paciente, classificação da DII e do procedimento cirúrgico realizado.
Método: Estudo clínico observacional, retrospectivo e quantitativo, com a avaliação de prontuário eletrônico de pacientes cirúrgicos em uso de Anti‐TNF, especificamente Infliximabe e Adalimumabe atendidos em um hospital universitário da cidade de São Paulo. Os pacientes foram estratificados em sexo, idade, classificação da doença, histórico de tabagismo, tipo de cirurgia, sendo comparados os procedimentos: cirurgia eletiva/cirurgia de urgência, cirurgia orificial, entre outros.
Resultado: Foram analisados dados de 45 pacientes entre 2015 e Junho de 2018, sendo 84% portadores de Doença de Crohn (DC) e o restante de Retocolite Ulcerativa (RCUI). A média de idade foi de 33,68 anos, com 51,11% do sexo feminino e somente 1 paciente tinha passado de tabagismo. 59,1% dos pacientes utilizaram Infliximabe como terapia biológica, 29,54% utilizaram Adalimumab e 11,36% utilizaram ambas as medicações como arsenal terapêutico. Em relação aos procedimentos cirúrgicos, 57,78% dos casos foram realizados devido doença orificial e 42,22%, devido presença de abdome agudo inflamatório, abdome agudo perfurativo, estenoses intestinais, entre outros. 75,55% das cirurgias foram realizadas eletivamente e 24,45%, em caráter de urgência, sendo que do total dos procedimentos cirúrgicos, 17,7% dos casos tiveram complicações no primeiro mês de pós operatório, não ocorrendo nenhum óbito dentro deste período.
Conclusão: Observou alta prevalência de pacientes jovens com DII e em uso de Anti‐TNF que foram submetidos à cirurgias, contudo com baixa incidência de complicações no pós operatório.