Introdução: A retirada dos tumores com margem livre de câncer é essencial no prognóstico da morbimortalidade, determina a retirada completa da neoplasia em seu local de origem. A análise anatomopatológica das margens tumorais tem sido cada vez mais adotada. A definição da margem mínima de ressecção ainda é controversa.
Objetivo: Analisar a redução da margem de ressecção após retirada da peça cirúrgica e conservação em formol tamponado.
Método: Foram estudados prospectivamente 13 pacientes com diagnóstico de adenocarcinoma colorretal, submetidos a ressecção cirúrgica. Os pacientes foram submetidos a estadiamento clínico pré‐operatório. Depois de retirada, a peça foi retificada, sem estiramento, e feita a medição do tumor e das margens em centímetros. Foi fixada a uma placa de isopor em solução de formaldeído tamponado a 10% e enviada ao laboratório de anatomopatologia para permitir a medição das margens livres de doença, após fixação.
Resultados: O tamanho médio±DP das peças cirúrgicas antes da fixação no formadeído 10% foi de 29,56±10,49cm e após fixação foi de 26,31±6,58cm, com redução de 10,1% da peça. O tamanho médio±DP do tumor antes da fixação no formadeído 10% foi de 5,10±1,76cm e após fixação foi de 4,85±1,53cm, com redução de 4,9% do tamanho tumoral. O tamanho médio±DP da margem proximal ao tumor antes da fixação no formadeído 10% foi de 13,44±8,78cm e após fixação foi de 11,73±7,10cm, com redução de 12,7% da margem. O tamanho médio±DP da margem distal ao tumor antes da fixação no formadeído 10% foi de 11,08±4,85cm e após fixação foi de 9,73±4,02cm, com redução de 12,2% da margem.
Conclusões: Houve uma redução de cerca de 10% do tamanho das peças cirúrgicas após fixação.