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Vol. 38. Issue S1.
Pages 179-180 (October 2018)
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Vol. 38. Issue S1.
Pages 179-180 (October 2018)
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CORREÇÃO DE FÍSTULA RETOVAGINAL PÓS‐DRENAGEM DE BARTOLINITE ATRAVÉS DE FISTULECTOMIA VIA TRANSVAGINAL COMO PRIMEIRA OPÇÃO DE TRATAMENTO
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Letícia Nobre Lopes, Rafael Vaz Pandini, Aline Costa Mendes de Paiva, Miller Barreto de Brito e Silva, Rodrigo Ambar Pinto, Sergio Carlos Nahas, Ivan Ceconello
Faculdade de Medicina (FM), Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, SP, Brasil
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Introdução: As fístulas retovaginais representam um desafio para cirurgiões e determinam grande morbidade para as pacientes.

Objetivo: Demonstrar que a técnica através do reparo transvaginal, para pacientes com função esfincteriana preservada, pode garantir bons resultados.

Métodos: G.B.S.M., 25 anos. Hemorroidectomia excisional há 6 anos e Bartolinite drenada previamente, nulípara, com queixa de saída de fezes pela vagina há 5 anos e diversos episódios de infecção urinária. Índice de incontinência fecal 0/20. Negava fecalúria e pneumatúria. Ao exame proctológico presença de mamilos hemorroidários externos ás 4, 5 e 7h sem sinais de trombose, orifício em canal anal ás 12h, a 3cm da borda anal e orificio na linha média próximo ao introito vaginal, com drenagem de pequena quantidade de secreção espessa, tônus esfincteriano preservado. Realizou investigação com videodefecograma identificado eixo anorretal preservado, mobilidade anorretal presente às manobras de contração, continência adequada à Valsalva e bom relaxamento do músculo puborretal. TC de abdome e pelve com contraste VR com acúmulo de contraste iodado na vagina, como sinal indireto de fístula. Paciente submetida à fistulectomia via vaginal, iniciado procedimento identificando trajeto transesfincteriano, em parede anterior, com estilete entre os orifícios. Realizada incisão em fuso ao redor do orifício fistuloso vaginal, seguida de dissecção do trajeto com tesoura, em direção à base da fístula, preservando a parede do reto. Realizados dois pontos transfixantes com PDS 2‐0 na base do trajeto fistuloso, seguido de sua ressecção, aproximação das camadas musculares em 3 planos, perpendiculares entre si, com pontos em X de PDS 3‐0 nas duas primeiras camadas e caprofyl 3‐0 na camada mais superficial. Revisada hemostasia e aproximação da mucosa vaginal com chuleio de vicryl 3‐0. Estilete reintroduzido pelo orificio do canal anal, sem progressão, conferindo a oclusão completa do trajeto fistuloso.

Resultados: Paciente recebeu alta no 4° PO, com evacuações pastosas, sem dor evacuatória e sem drenagem vaginal, sem evidências de fístula até o momento no acompanhamento ambulatorial.

Conclusão: Em pacientes com função esfincteriana preservada, sem abordagens prévias, a fistulectomia com abordagem transvaginal é uma opção adequada com bons resultados no tratamento das fístulas retovaginais.

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Journal of Coloproctology

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