Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico dos pacientes submetidos à endoscopia digestiva baixa em um centro terciário do interior de São Paulo, ressaltando a sua importância como método diagnóstico e terapêutico.
Método: Foi realizado um estudo retrospectivo através da análise de prontuários de pacientes que foram submetidos a Colonoscopia em um Serviço de Endoscopia Digestiva de um Hospital do Interior de São Paulo, entre os anos de 2017 e 2018.
Analisaram‐se as seguintes variáveis: sexo, idade dos pacientes, indicação para a realização de endoscopia digestiva baixa, tipo de procedimento realizado, bem como a incidência de lesões pré‐ malignas e malignas.
Resultados: Das 2480 colonoscopias realizadas no nosso serviço, 803 apresentaram lesões de características malignas ou pré‐malignas. A idade dos pacientes com lesões malignas e pré‐malignas variou de 22 a 94 anos. A maior parte dos pacientes submetidos a colonoscopia era do sexo feminino 57% (n=1.413). Com relação a idade houve predomínio em ambos os sexos entre 61 e 70 anos com 34,5% (n=855). As lesões malignas foram identificadas em 5,9% (n=148) dos pacientes, sendo 53,33% (n=79) no sexo feminino e 46,7% (n=69) no sexo masculino. As lesões pré‐malignas se fizeram presentes em 30% (n=746), sendo 60,18% (n=449) no sexo feminino e 39,81% (n=297) no sexo masculino. A idade média dos pacientes submetidos ao exame foram de 52,3 anos. Hemorragia Digestiva Baixa (16,42%), alteração do hábito intestinal (11,50%), diarreia (11,0%), perda de peso (9,8%) foram às indicações mais frequentes. As endoscopias digestivas baixas foram normais em 47% dos diagnósticos identificados nos laudos.
Conclusão: A colonoscopia é um excelente método tanto diagnóstico como terapêutico na investigação das doenças digestivas baixas .Os resultados obtidos no nosso serviço, mostraram que a Colonoscopia é fundamental no diagnóstico e rastreamento de tumor coloretal.