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Vol. 38. Issue S1.
Pages 98 (October 2018)
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Vol. 38. Issue S1.
Pages 98 (October 2018)
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DEGENERAÇÃO MALIGNA DE ENDOMETRIOMA: RELATO DE CASO DE ABORDAGEM CIRÚRGICA COMPLEXA E GRAVE COMPLICAÇÃO
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Lívia Cardoso Reis, Renato Gomes Campanati, Gabriel Braz Garcia, Gabriela Maciel Cordeiro, Bernardo Hanan, Magda Maria Profeta da Luz, Rodrigo Gomes Da Silva
Hospital das Clínicas, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte, MG, Brasil
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Introdução: Os sarcomas de partes moles são tumores raros, de mau prognóstico, que correspondem a 1% de todas as neoplasias em adultos. A localização pélvica é encontrada em 30% dos casos. O presente trabalho relata o caso de uma paciente com achado intraoperatório de massa pélvica considerada irressecável e cujo estudo anatomopatológico foi sugestivo de sarcoma.

Descrição do caso: Paciente do sexo feminino, 55 anos, hipertensa, passado de 03 abordagens cirúrgicas por endometriose, com achado no último procedimento cirúrgico de massa pélvica volumosa, com invasão de sigmoide, reto, bexiga, canal vaginal e vasos ilíacos internos que foi biopsiada e cujo anatomopatológico mostrou‐se sugestivo de endometriose, sem possibilidade de excluir sarcoma miofibroelástico inflamatório epitelioide. Após avaliação pré‐operatória, estadiamento locorregional e a distância e discussão em equipe multidisciplinar, foi submetida a exenteração pélvica total e ressecção dos vasos ilíacos internos esquerdos e veia ilíaca externa esquerda. No intraoperatório, após a retirada da peça cirúrgica, apresentou PCR intraoperatória por sangramento, sendo optado pelo tamponamento e abreviação do procedimento em controle de danos. Paciente então reabordada 48h após para revisão de laparostomia sem evidências de sangramentos, quando foi confeccionada colostomia úmida. Realizado estudo imunohistoquimico da peça cirúrgica que foi sugestivo de endometriose embora apresente amplas áreas de lesões infiltrativas com células muito atípicas/epitelióides associadas a proliferação fibrovascular com infiltrado inflamatório de permeio. Paciente evoluiu bem, está em seguimento ambulatorial sem sinais de lesões residuais.

Discussão: O prognóstico está relacionado a ressecção completa da lesão, grau de diferenciação histológica e a presença de metástases. São baixas as taxas de resposta a quimioterapia convencional, portanto, a ressecção cirúrgica completa é a principal forma de tratamento do sarcoma de partes moles. No caso apresentado, o estudo imunohistoquímico associado a ausência de lesões residuais aos métodos de imagem possibilita seguimento conservador.

Conclusão: Sarcomas de parte mole são lesões com mau prognóstico cuja ressecção completa é o melhor indicador prognóstico dependente de tratamento, o que justifica as grandes ressecções na vigência de suspeita diagnóstica.

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Journal of Coloproctology

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