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Vol. 38. Issue S1.
Pages 111-112 (October 2018)
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Vol. 38. Issue S1.
Pages 111-112 (October 2018)
P96
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DIAGNÓSTICO DE TUMOR CARCINÓIDE EM PACIENTE SUBMETIDO A APENDICECTOMIA. A IMPORTÂNCIA DO ESTUDO ANATOMOPATOLÓGICO
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José Anderson Feitoza, Eduardo Endo, Henrique Luckow Invitti, André Montes Luz, Antonio Carlos Trotta, Ana Helena Bessa Gonçalves Vieira, Rodnei Bertazzi Sampietro
Hospital Universitário Evangélico de Curitiba (HUEC), Curitiba, PR, Brasil
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Introdução: As neoplasias malignas primárias do apêndice são doenças raras, com incidência de 0,7 casos por 100000 indivíduos. Em geral são diagnosticadas após exame histopatológico do apêndice removido por suspeita de apendicite aguda.

Descrição do caso: A.C.S., masculino, 24 anos. Atendido no Pronto Atendimento do Hospital Vita Batel em Curitiba‐PR com dor abdominal intensa em epigástrio e fossa ilíaca direita associada a náuseas com um dia de evolução. Negou alterações do habito intestinal ou urinarias. Submetido a amigdalectomia 5 dias antes, em uso de amoxicilina. Historia de nefrolitíase com dois episódios de cólica renal prévios. Sem cirurgias abdominais. Ao exame, hemodinamicamente estável, dor à palpação profunda de fossa ilíaca direita. Exames laboratoriais apresentaram leucocitose com desvio à esquerda e Proteína C Reativa elevada. Ecografia de abdome total dentro da normalidade. Indicada tomografia computadorizada de abdome total que evidenciou espessamento discreto do apêndice (8mm). Indicada apendicectomia videolaparoscópica. Estudo anatomopatológico evidenciou neoplasia epitelial com características neuroendócrinas em apêndice cecal, com 3mm no seu maior eixo, localizada na extremidade distal do apêndice com margem proximal livre de neoplasia. Realizada imunoistoquímica que foi compatível com neoplasia neuroendócrina bem diferenciada (Grau I/OMS2010), tumor carcinoide típico em apendice cecal.

Discussão: O diagnóstico da neoplasia maligna de apêndice na maioria das vezes é feito pela análise da peça cirúrgica e o tratamento dependerá diretamente do laudo anatomopatológico. A terapêutica definitiva apresenta variações conforme o tamanho do tumor, localização neoplásica no apêndice, as margens cirúrgicas, o acometimento linfonodal e as metástases à distância, que muitas vezes não são avaliados corretamente no intraoperatório. O tratamento definitivo do tumor carcinóide não está totalmente definido. Entretanto, há consenso de que nos tumores inferiores a 1cm a apendicectomia simples é suficiente para o tratamento.

Conclusão: Em casos de suspeita de apendicite aguda, é fundamental a análise histopatológica da peca cirúrgica para a detecção e correto manejo de possível doença maligna.

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Journal of Coloproctology

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