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Vol. 39. Issue S1.
Pages 46 (November 2019)
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Vol. 39. Issue S1.
Pages 46 (November 2019)
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Disfonia secundária a neoplasia colônica metastática: relato de caso
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J.M. Miranda, M.R. Feitosa, A.B. Filho, R.S. Parra, V.F. Machado, M.C.R. Silveira, O. Féres, J.J.R. Rocha
Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP), Universidade de São Paulo (USP), Ribeirão Preto, SP, Brasil
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Área Doenças malignas e pré‐malignas dos cólons, reto e ânus

Categoria Relatos de caso

Forma de Apresentação Pôster

Objetivo(s) Relatar um caso de adenocarcinoma do sigmoide com metástase de para arco costal e linfonodos mediastinais causando disfonia por compressão do nervo laringeo recorrente.

Descrição do caso Homem, 62 anos, queixa de perda ponderal de 10kg em 6 meses, dor e massa abdominal em flanco esquerdo e rouquidão. Na colonoscopia, observou‐se lesão úlcero vegetante, no cólon sigmoide, a cerca de 30cm da borda anal, friável, que ocupava toda circunferência da luz intestinal e impedia a progressão do aparelho. O anatomopatológico confirmou se tratar de adenocarcinoma. Realizado o estadiamento com tomografias e CEA (95mg/dL). Na tomografia de abdome havia linfonodopatia retrocural e paraórtica, o fígado livre de doença. Já a tomografia de tórax mostrou linfonodomegalia mediastinal e lesão no arco costal esquerdo suspeitas para neoplasia. Realizado nasofibrolaringoscopia para investigação da Disfonia, que evidenciou paralisia isolada da prega vocal esquerda, estruturalmente preservada e sem lesões. Realizado biópsia de lesão mestastática que confirmou tratar‐se de adenocarcinoma tubular colorretal com compressão do nervo laríngeo recorrente esquerdo. Submetido a retossigmoidectomia videolaparoscópica e o estadiamento revelou trata‐se de uma lesão T3N1M1. Segue em vigência de quimioterapia paliativa.

Discussão e Conclusão(ões) O adenocarcinoma é o tipo histológico mais frequente na neoplasia colorretal, encontrado em 90% dos casos. Dissemina‐se por contiguidade, via hematogênica ou linfática. A disseminação por contiguidade é a invasão de tecidos subjacentes, implantes peritoneais ou órgãos intra abdominais. A drenagem venosa colônica se faz pelo sistema porta, sendo, portanto, o fígado (75%) o sítio preferencial das metástases hematogênicas, seguido por pulmões (15%), ossos (7%) e raramente o sistema nervoso central (3%). Já a disseminação linfática geralmente acomete os linfonodos peritumorais, sendo que em 15% acometem linfonodos a distância. O acometimento de linfonodos mediastinais são frequentes na neoplasia pulmonar e de mama, devido a proximidade e drenagem de tais orgãos e raramente estão presentes na neoplasia colorretal. Quando ocorre considera‐se um tumor estádio IV, com prognóstico reservado. Infrequente também é a compressão do nervo laringeo recorrente secundário a linfonodomegalia mediastinal metastática da neoplasia colorretal, como no caso descrito acima. A neoplasia colorretal pode se manifestar com sinais e sintomas atípicos, especialmente no caso de doença avançada.

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