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Vol. 38. Issue S1.
Pages 1-2 (October 2018)
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Vol. 38. Issue S1.
Pages 1-2 (October 2018)
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DIVERTÍCULO RETAL ‐ RELATO DE CASO
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Luciana Martins Krohling, Fernando Henrique Rabelo Abreu dos Santos, Thays Bisi Timoteo, Mitre Kalil
Hospital Santa Casa de Misericórdia de Vitória, Vitória, ES, Brasil
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Introdução: A doença diverticular dos cólons é encontrada habitualmente nos países com melhor desenvolvimento econômico e está associada a uma dieta pobre em fibras. Esta condição ocorre em indivíduos a partir da quarta década de vida, sendo o cólon sigmoide o segmento predominantemente acometido e raramente é identificada no reto. Os pacientes, em sua maioria, são assintomáticos e a descoberta da doença é incidental.

Descrição: Paciente masculino, 71 anos, assintomático, com indicação de colonoscopia para rastreio de neoplasia colorretal. Foi evidenciada doença diverticular pan‐colônica não complicada e duas formações diverticulares regulares em reto, com amplos orifícios.

Discussão: A diverticulose colônica é uma das doenças gastrointestinais mais comuns e sua prevalência aumenta com a idade. Aos 60 anos, metade da população poderá ser acometida. Sabe‐se que a baixa ingestão de fibras, o aumento do tempo de trânsito colônico e da pressão intraluminal estão associados ao desenvolvimento dos divertículos. Já a ocorrência no reto é incomum devido à disposição anatômica das camadas musculares que promovem maior resistência às variações de pressão intraluminal. Foi observado, porém, que a ocorrência de divertículos retais está associada à fraqueza da parede retal, podendo estar relacionada à constipação, obesidade e impactação fecal recorrente. Também foram observados como fatores de risco para o acometimento retal da diverticulose a doença hemorroidária, atrofia muscular ou degenerativa, anomalias genéticas, trauma, infecção retal e a ausência de estruturas de suporte como o cóccix. A maior parte dos pacientes é diagnosticada por exames tais como o clister opaco e a colonoscopia. Usualmente são encontrados de um a três divertículos, com óstios de 2cm de diâmetro ou maiores. Ocasionalmente, podem ocorrer complicações como perfuração, formação de abscesso, fístulas, prolapso retal, estenose, ulcerações e sangramentos. Em alguns casos há necessidade de abordagem cirúrgica tais como drenagem, derivação de trânsito intestinal, ressecção do divertículo e ressecção abdominoperineal do reto. A monitorização dos pacientes é recomendada devido à possibilidade de metaplasia e malignização da mucosa. No caso em questão, o paciente foi orientado a permanecer em acompanhamento ambulatorial.

Conclusão: Os divertículos retais são raros, habitualmente assintomáticos, mas devem ser acompanhados já que podem levar a complicações que necessitem de intervenção cirúrgica.

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Journal of Coloproctology

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