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Vol. 38. Issue S1.
Pages 12 (October 2018)
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Vol. 38. Issue S1.
Pages 12 (October 2018)
P112
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DOENÇA DE CROHN COMPLICADA: LINFOCELE ASSOCIADA
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Lorena de Almeida Barroso, Priscila Oliveira Cardoso, Marco Antonio Miranda dos Santos, Alexandre Miranda Silveira, Fabio Lopes de Queiroz, Gustavo Ambrosi Evangelista, Sinara Monica de Oliveira Leite
Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (IPSEMG), Belo Horizonte, MG, Brasil
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Introdução: A Doença de Crohn (DC) de intestino delgado pode apresentar complicações agudas que requerem cirurgia de emergência em 6–16% dos casos. Enterectomia segmentar com ou sem anastomose é a operação de escolha.

Relato de caso: Paciente LPM, feminino, 21 anos, com início de sintomas (diarreia, cólicas e anemia) em 2015. Sem sintomas anais. Início de propedêutica em 2016. Enterotomografia: espessamento parietal salteado em íleo médio e distal. Calprotectina: 1.800 mcg/g. Colonoscopia: ileíte terminal com subestenose. Diagnóstico de DC e início de tratamento: azatioprina 50mg/dia. Fevereiro/2017: quadro de abdome agudo perfurativo. Submetida à cirurgia de urgência (enterectomia segmentar e ileostomia em dupla boca). Alta em uso de prednisona 60mg/dia, metronidazol 1,2mg/dia e azatioprina 150mg/dia. Evolução: reinternação para ajuste de medicamentos e tratamento de TEP. Ambulatorialmente foi iniciado Infliximabe. Remissão clínica/laboratorial. Seis meses de pós‐operatorio: internada por massa abdominal em hipogástrio, sem inflamação. Exames mostraram linfocele volumosa em pelve. Submetida à cirurgia: visualizada linfocele em pelve (citologia: ausência de malignidade) e comprometimento do íleo terminal. Realizado: aspiração do conteúdo e limpeza da cavidade; ressecção de 15cm do íleo terminal e ceco e confeccionada anastomose ileocolônica latero‐lateral isoperistáltica grampeada. Apresentou boa evolução e atualmente está em controle ambulatorial.

Discussão: Linfocele é uma coleção de líquido linfático no espaço retroperitoneal e é uma complicação comum em linfadenectomias pélvicas por neoplasias ginecológicas/prostáticas. A maioria das linfoceles é pequena, assintomática e sem significância clínica. Pacientes com coleções maiores podem apresentar dor abdominal, constipação, poliúria e edema da genitália ou membros inferiores. Quando necessário, o tratamento inclui aspiração por agulha, drenagem percutânea ou marsupialização cirúrgica. Não há associação de DC e linfocele na literatura. O quadro séptico abdominal da paciente pode ter causado a coleção linfática.

Conclusão: Descrevemos o caso pela sua raridade e a possibilidade de outros diagnósticos no contexto da doença inflamatória intestinal complicada.

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Journal of Coloproctology

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