Introduçao: Algumas técnicas de proteção contra lesões de reperfusão têm ganhado destaque, como o pós‐condicionamento isquêmico, mas ainda são pouco estudadas na lesão da reperfusão intestinal a distância. Recentemente, alguns estudos mostraram que as estatinas também têm um efeito promissor sobre a proteção contra lesões de reperfusão.
Objetivo: Avaliar a capacidade do PCI e das estatinas na redução da lesão intestinal, isolada e em combinação. Usamos 41 ratos Wistar, distribuídos em cinco grupos: isquemia e reperfusão (I/R), pós‐condicionamento isquêmico (PCI), estatina (E), pós‐condicionamento+estatina (PCI+E) e sham. Foram feitos laparotomia mediana, dissecção e isolamento infrarrenal da aorta abdominal; clampeamento da aorta por 70 minutos (isquemia) e, posteriormente, reperfusão por 70 minutos. Nos grupos PCI e PCI+E, o pós‐condicionamento foi feito entre as fases de isquemia e reperfusão por quatro ciclos de reperfusão e isquemia com duração de 30 segundos cada. Nos grupos PCI+E e E, antes do procedimento cirúrgico, a administração de 3,4mg/dia de atorvastatina foi feita durante sete dias por sonda. Após o procedimento cirúrgico, 1cm do íleo foi removido para estudo histológico. Os resultados foram analisados e submetidos ao tratamento estatístico pelo teste de Kruskal‐Wallis, considerando p<0,05. A lesão intestinal média foi de 2 no grupo I/R, 0,66 no grupo PCI, 0 no grupo PCI+E, 0 no grupo E e 0 no grupo sham. O pós‐condicionamento isquêmico e a atorvastatina foram capazes de minimizar a lesão por reperfusão intestinal, isoladamente ou em combinação.