Introdução: A hérnia inguinal é uma morbidade cirúrgica comum que atinge todas as faixas etárias. Embora manifeste considerável prevalência, poucos são os estudos que tentam traçar um perfil epidemiológico dela.
Objetivo: Descrever a epidemiologia da hérnia inguinal na população brasileira de janeiro de 2015 a setembro de 2016.
Método: Estudo descritivo de abordagem quantitativa baseado na análise de dados secundários retirados do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS). Assim, não foi necessária apreciação do comitê de ética, devido à resolução do Conselho Nacional de Saúde 510/2016, artigo 1°, parágrafo único. Foram consideradas todas as internações provenientes de hospitais públicos e/ou privados ocorridas em todas as faixas etárias. A estatística descritiva foi feita com base em valores de frequência absoluta e relativa. O programa estatístico usado foi o Stata 11.0.
Resultados: A Região Sudeste foi a que apresentou a maioria dos casos de internações por hérnia inguinal (39,17%) em comparação com as outras. Além disso, o caráter de atendimento eletivo teve destaque durante o período analisado e o regime privado de atendimento foi o mais procurado. O sexo masculino apresentou mais internações por hérnia inguinal (84,65%). As faixas etárias que apresentaram as maiores frequências de internações foram as de 50 a 59 anos e de 60 a 69 anos. Houve diferença entre a taxa de mortalidade bruta e a taxa de mortalidade ajustada para população padrão. No período analisado, a maior taxa de mortalidade bruta foi acima dos 80 anos. Após o ajuste, em 2015, a maior taxa de mortalidade foi de 65 a 69 anos e em 2016, de 70 a 74 anos.
Conclusão: As taxas de mortalidade da hérnia inguinal se mostraram baixas de forma geral, mas o predomínio da morbidade foi no sexo masculino, confirmou a antiga tendência.