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Vol. 38. Issue S1.
Pages 123 (October 2018)
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Vol. 38. Issue S1.
Pages 123 (October 2018)
TL12
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ESD (ENDOSCOPIC SUBMUCOSAL DISSECTION) VERSUS TEM (TRANSANAL ENDOSCOPIC MICROSURGERY) PARA O TRATAMENTO DE CÂNCER DE RETO PRECOCE: COMPARAÇÃO E RESULTADOS DE LONGO PRAZO
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Cintia Maymu Sakurai Kimura, Fabio Shiguehissa Kawaguti, Carlos Frederico Sparapan Marques, Caio Sergio Rizkallah Nahas, Fauze Maluf Filho, Sergio Carlos Nahas, Rodrigo Ambar Pinto
Instituto do Câncer do Hospital das Clínicas (HC), Faculdade de Medicina (FM), Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, SP, Brasil
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Resumo: Métodos para tratamento local do câncer de reto precoce tem sido desenvolvidos nos últimos anos, sendo TEM e ESD protagonistas nesse cenário, porém ainda há poucos estudos comparando as duas técnicas.

Objetivos: Comparar resultados de longo prazo entre TEM e ESD.

Método: Foram estudados 103 procedimentos entre 2008 e 2017. Dados referentes a idade, risco cirúrgico, taxa de complicação, recidiva e anatomopatológico foram coletados retrospectivamente. As variáveis qualitativas foram analisadas pelo teste de qui‐quadrado e, as quantitativas, pelo T‐Student.

Resultados: Foram 100 pacientes, submetidos a 103 procedimentos (74 ESD e 29 TEM), com tempo médio de seguimento de 34 meses. A idade média no grupo ESD era 65,5 anos e 51,3% dos pacientes eram do sexo feminino. No grupo TEM, a idade média foi 66,51 e 58,6% pacientes do sexo feminino. O risco cirúrgico era semelhante em ambos (p=0,97). No ESD, em relação ao TEM, o tamanho da lesão ressecada foi maior, de 68,9mm contra 44,79mm, respectivamente (p=0,002). O tempo médio de procedimento não foi estatisticamente diferente entre os grupos, sendo 176min no ESD e 195min no TEM (p=0,4). No grupo ESD, houve 7 complicações de curto prazo (9,46%), sendo 2 Clavien I, 3 Clavien II e 2 Clavien III. No grupo TEM, houve 5 complicações (17,2%), sendo 2 Clavien I, 1 Clavien II, 1 Clavien III e 1 Clavien IV (p=0,19). O tempo de internação média foi de 3,4 dias no grupo ESD e 6,9 no TEM (p=0,015). No 1° mês, 10 pacientes (13,5%) do grupo ESD apresentaram mucorreia, subestenose com necessidade de dilatação e/ou urgincontinência. Ao fim de 18 meses, todos já estavam assintomáticos. No grupo submetido ao TEM, 7 pacientes (24,13%) apresentaram dor retal, diarreia e/ou urgincontinência. Após 18 meses, 6 estavam assintomáticos e 1 paciente manteve dor retal. O grupo ESD teve uma taxa de 14,86% de margens comprometidas, contra 17,24% do TEM (p=0,742). Nas lesões ressecadas por ESD, 27% eram adenomas, 64,86% adenocarcinoma intramucoso, 4% adenocarcinoma sm1 e 4,05% com invasão ≥ e 4 (não curativo). No grupo TEM, houve 31% de adenoma, 44,8% de adenocarcinoma intramucoso, 7% adenocarcinoma sm1 e 17,2% com invasão ≥ om (p=xxxx). Entre os pacientes submetido a TEM, houve uma taxa de recidiva de 24,13%, contra 1.3% no grupo ESD (p=0,0001).

Conclusão: O ESD apresentou resultados superiores ao TEM, possibilitando o tratamento de lesões significativamente maiores, com maior taxa de cura, menor tempo de internação e menor taxa de recidiva local.

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Journal of Coloproctology

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