Journal Information
Vol. 38. Issue S1.
Pages 68 (October 2018)
Share
Share
Download PDF
More article options
Vol. 38. Issue S1.
Pages 68 (October 2018)
P219
Open Access
ESPIROQUETOSE INTESTINAL ‐ RELATO DE CASO E REVISÃO DE LITERATURA
Visits
...
Cristiane de Souza Bechara, João Lucas Gonçalves de Moraes, Louise Gracielle de Melo e Costa, Karine Andrade Oliveira Zanini, Lorena Nagme de Oliveira Pinto, Maria Augusta Marques Sampaio de Souza, Marcelo Salomão Bechara
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Juiz de Fora, MG, Brasil
Article information
Full Text

Introdução: A espiroquetose intestinal é uma entidade clínica na qual a mucosa colônica é infectada por espiroquetas do gênero Brachyspira, que quando sintomática leva a um quadro caracterizado por diarréia aquosa, hematoquezia, perda ponderal e dor abdominal. O presente pôster tem como objetivo apresentar um caso clínico de paciente acometido por espiroquetose intestinal e discutir os principais aspectos clínicos, histopatológicos e terapêuticos registrados pela literatura acerca do assinto.

Descrição do caso: Paciente do sexo masculino, 56 anos, referindo hábito intestinal alternado entre constipação e diarréia, com fezes ressecadas há 6 meses, negava sangue nas fezes, dor abdominal, náusea ou vômitos e negava história familiar de neoplasias. Realizada hemicolectomia direita após colonoscopia evidenciar lesão vegetante ulcerada e friável em cólon ascendente e ceco. Tomografia de abdome não mostrava evidências de comprometimento extra colônico. Anatomo‐patológico evidenciou espiroquetas em mucosa intestinal. Realizado tratamento com metronidazol e ciprofloxacino em um ciclo de 10 dias, após discussão com equipe da infectologia. Paciente recebeu alta estável clínicamente e segue em acompanhamento com o serviço.

Discussão: A espiroquetose intenstinal é definida histologicamente como a presença de micro‐organismos da família da spirochetaceae ligadas ao ápice das células do epitélio cólico. A doença pode ser provocada por um grupo heterogêneo de bactérias. Em humanos a Brachypspira aalborgi e a Brachyspira pilocoli predominam. Alguns estudos apontam que até 1% das biópsias colônicas possam apontar para a presença dessas bactérias, tendo como preferência os segmentos proximais do cólon. Sua incidência parece ser maior entre homens que fazem seco com homens e pacientes HIV positivos tendem a se apresentar mais sintomáticos que os demais. O significado clínico dessa infecção ainda é incerto e a maioria dos infectados permanece assintomática. Quando há sintomas gastrointestinais o tratamento com metronidazol geralmente é efetivo. A infecção pelo Treponema pallidum deve ser excluída assim como o diagnóstico diferencial com neoplasias colorretais.

Conclusão: A espiroquetose intestinal é uma entidade rara e pouco conhecida. O diagnóstico é definido após estudo histopatológico e o tratamento para as apresentações sintomáticas geralmente é efetivo com antibióticoterapia.

Idiomas
Journal of Coloproctology

Subscribe to our newsletter

Article options
Tools