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Vol. 38. Issue S1.
Pages 169 (October 2018)
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EXCISÃO TOTAL DO MESORRETO TRANSANAL (TAMIS‐TME)
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Marcelli Tainah Marcante, Sérgio Eduardo Alonso Araújo, Ana Sarah Portilho, Bruna Borba Vailati, Victor Edmund Seid
Hospital Israelita Albert Einstein, São Paulo, SP, Brasil
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Desde o primeiro relato de proctectomias endoscópicas transanais realizado em cadáveres suínos (Sylla e cols., 2008) até a primeira experiência clínica (Sylla e cols., 2010), plataformas de acesso endoscópico transanal rígidas ou flexíveis (TAMIS, do inglês Transanal Minimally Invasive Surgery) podem ser usadas para a realização dessa operação e persistem controvérsias sobre qual a mais adequada, assim como permanece sob debate as melhores indicações para empregar a técnica. De qualquer forma, sabe‐se que a excisão total do mesorreto (ETM) pode ser especialmente difícil quando realizada por via de acesso exclusivamente abdominal, ainda que laparoscópica ou robótica, para pacientes obesos do sexo masculino, portadores de tumores distais situados na face anterior do reto e com pouca ou nenhuma resposta ao tratamento neoadjuvante. Nessas situações, a excisão total do mesorreto transanal, conforme demonstrado por experiências na literatura e em estudos comparativos, se apresenta como uma alternativa atraente.Demonstra‐se no presente vídeo a realização de TAMIS‐TME para o tratamento cirúrgico de paciente do sexo feminino portadora de adenocarcinoma do reto médio (rmT2N0). A excisão total do mesorreto empregando uma plataforma flexível como no presente caso é definida como TAMIS‐TME. Nessa operação, procede‐se a uma abordagem abdominal e transanal para completar a ETM. A plataforma SILSPortTM(Medtronic Covidien) foi empregada para a ETM transanal e com a ajuda do insuflador AirSeal o tempo tornou‐se mais fácil. O reto distal foi inicialmente ocluído por sutura em bolsa e a dissecção retal no sentido cranial feita com o auxílio do pneumorreto. Ao término da dissecção “retrógrada”, todo o cólon esquerdo mobilizado foi exteriorizado pela rima anal. O espécime foi trans‐secionado e procedeu‐se à confecção de uma anastomose coloanal término‐terminal com emprego do grampeador circular. No presente caso, a abordagem por TAMIS‐TME pareceu acertada devido à localização do tumor na parede anterior do reto médio/distal. Embora a segurança oncológica associada a TAMIS‐TME necessite ser validada em um número maior de casos de preferência em estudos multicêntricos prospectivos, desafios de implementação estão previstos uma vez que a TAMIS‐TME deve ser uma indicação para casos selecionados onde se espera um obstáculo associado à ETM por videolaparoscopia ou robótica.

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Journal of Coloproctology

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