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Vol. 38. Issue S1.
Pages 169-170 (October 2018)
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Vol. 38. Issue S1.
Pages 169-170 (October 2018)
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EXENTERAÇÃO PÉLVICA COMPLETA POR VIA ROBÓTICA
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Guilherme Cutait de Castro Cotti, Fabricio Ferreira Coelho, Rafael Ferreira Coelho, Rodrigo Jose de Oliveira, Rafael Vaz Pandini, Sergio Carlos Nahas, Ivan Cecconello
Faculdade de Medicina (FM), Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, SP, Brasil
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Introdução: A presença de tumor com invasão de órgãos pélvicos adjacentes em geral representa uma contraindicação para abordagem minimamente invasiva para a maioria dos cirurgiões. O emprego da cirurgia robótica pode representar uma alternativa que permita ofertar as vantagens da cirurgia minimamente invasiva para este grupo de pacientes. O objetivo deste vídeo é demonstrar a realização de uma exenteração pélvica completa por via totalmente robótica.

Descrição do caso: Paciente masculino, 70 anos, com diagnóstico de adenocarcinoma de próstata Gleason 9 submetido à tratamento radioterápico com bloqueio hormonal em 2008. Em 2015 evoluiu com recorrência local, tendo sido submetido à prostatectomia radical robótica. Em 2016 apresentou nova recorrência extensa, tratada inicialmente com quimioterapia. Contudo, evoluiu com fístula urinária para o reto com manifestação clínica por perdas urinárias pelo ânus e infecções urinárias de repetição com sepsis. Após ampla discussão das possibilidades, optado por realização de exenteração pélvica completa por via robótica, a qual foi realizada com sucesso. Demonstra‐se no vídeo as vantagens associadas ao emprego do robô numa abordagem de tumor recidivado na pelve e na reconstrução, com confecção de colostomia úmida. A retirada da peça foi realizada pelo períneo e, desta forma, não houve necessidade de incisão abdominal. O paciente apresentou boa recuperação, tendo recebido alta no 7PO.

Discussão: O emprego da laparoscopia no manejo de pacientes que necessitem de resseções multiviscerais pélvicas esbarra em limitações técnicas. O desenvolvimento e treinamento na cirurgia robótica, com as vantagens da amplitude de movimentos das pinças articuladas parece facilitar a realização deste tipo de procedimento, tanto na fase de ressecção quanto para a reconstrução.

Conclusão: A realização de exenteração pélvica completa por via robótica é procedimento factível nas mãos de equipe multidisciplinar experiente e permite oferecer as vantagens associadas ao acesso minimamente invasivo para pacientes que necessitam de procedimentos de grande porte e alta complexidade, que em geral são realizados por laparotomia clássica.

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