Área: Doenças malignas e pré‐malignas dos cólons, reto e ânus
Categoria: Pesquisa básica
Forma de Apresentação: Vídeo Livre
Objetivo(s): Demostrar a factibilidade da realização de exenteração pélvica posterior minimamente invasiva para ressecções oncológicas, em paciente SCA, feminina, 58anos, procedente de Gurupi/TO, relata alteração de hábito intestinal e hematoquezia. Realizou colonoscopia incompleta que evidenciou lesão endurecida a 8cm da borda anal intransponível ao aparelho, com anatomopatológico de adenocarcinoma moderadamente diferenciado. Possui história pregressa de artrite reumatoide e HAS, foi submetida a duas cesarianas como únicas cirurgias. Em bom estado geral, com performance status de 1, IMC 22,43, sem massas palpáveis no abdome e sem lesão tocável no exame físico. Foi realizada tomografia computadorizada de tórax e abdome total destacando lesão retal expansiva a cerca de 10cm da borda anal com extensão de 7,0cm, que infiltra a gordura perirretal posterior e lateral esquerda e presença de alguns linfonodos perirretais suspeitos. Não há evidência de doença à distância.
Descrição da técnica: Inventário da cavidade com achado grande tumor de reto alto/sigmoide com invasão direta de ovário esquerdo/tuba uterina esquerda/fundo uterino, peritônio da parede pélvica junto ao ureter esquerdo. Sem carcinomatose peritonial. Realizado Retossigmoidectomia com excisão total do mesorreto, histerectomia total e salpingooforectomia bilateral com liberação e preservação de ureteres por via videolaparoscópica ‐ Exenteração pélvica posterior. Sem complicações intra‐operatórias. Sangramento menor 100mL. Anastomose primária sem derivação. Boa evolução pós‐operatória, alta hospitalar no terceiro dia pós‐op sem complicações, aguardando resultado anatomopatológico para definição de tratamento adjuvante.
Discussão e Conclusão(ões): Apesar de não existir estudos prospectivos sobre o tema uma revisão sistemática com metaanálise de 2017 publicado por Klaver et al., sugere baseado em 13artigos com mais de 1200paciente a segurança e aplicabilidade da técnica minimamente invasiva em tumores localmente avançados (T4a e T4b) A literatura possui vários exemplos de cirurgia minimamente invasiva para casos localmente avançado de tumor de reto, Yamanashi, et al. (2018) destaca as vantagens do método, como diminuição do tempo de internação, menor perda sangüínea e menores taxas de complicações, sem comprometer o resultado oncológico final, dado confirmado pela metaanálise de Zhen‐Huan e colaboradores no mesmo ano. Esses dados garantem a segurança da técnica minimamente invasiva em tumores localmente avançando de reto, inclusive quando há indicação de ressecares multiviscerais.