Introdução: A doença inflamatória intestinal (DII) é representada pela doença de Crohn e a retocolite ulcerativa inespecífica. Afeta aproximadamente 1,5 milhão de americanos e 2,2 milhões de europeus e alguns milhares na América do Sul. Os pacientes portadores dessa afecção a desenvolvem decorrente de um conjunto de condições que se somam, tais como fator psicológico, meio ambiente e um distúrbio da mucosa intestinal, disbiose, que levam a uma resposta imunológica anormal em pessoas predisponentes a desenvolver essa patologia. Essa atividade anormal ocasiona inúmeros sintomas e sérios impactos na qualidade de vida dos pacientes. O diagnóstico se faz através do exame clínico, radiológico, endoscópico e laboratorial. Entre as opções laboratoriais para o diagnóstico nosso propósito foi avaliar a calprotectina, que nos últimos 10 anos tem ganhado destaque no auxílio do manejo dos portadores das DIIs. Esse biomarcador é composto de zinco e cálcio ligados a uma proteína derivada das células inflamatórias (neutrófilos e monócitos), pode ser ser quantificada nas fezes. Assim, de simples execução, não invasiva e ideal para o auxílio no diagnóstico e seguimento dos pacientes com suspeita ou portadores de DII.
Objetivo: Correlacionar os achados colonoscópios com os valores quantitativos da calprotectina fecal.
Método: Foi feito um estudo longitudinal, observacional, que teve a participação de 26 pacientes, 16 mulheres (62%), 10 homens (38%), dos quais 15 portadores de doença de Cronh e 11 de retocolite ulcerativa em seguimento no ambulatório de colo‐proctologia do Hospital Universitário Professor Alberto Antunes (HUPAA) da Universidade Federal de Alagoas (Ufal). Todos foram submetidos a colonoscopia e dosagem fecal quantitativa da calcoprotectina. No fim foi evidenciado haver uma correlação entre os achados endoscópicos e os valores da calprotectina, sobretudo quando se usam valores maiores do que 300, para doença em atividade, no qual a sensibilidade é em torno 85% e sensibilidade 88% quando comparados com a colonoscopia.