Método: Foram colhidos dados através de formulário em plataforma virtual referentes aos casos de TEO, de junho de 2016 a junho de 2017. Os dados considerados foram: idade do paciente; índice de massa corporal (IMC); classificação ASA; método de imagem usado no pré‐operatório; biópsia pré‐operatória e resultado anatomopatológico; localização da lesão em termos de válvula e quadrante; procedimento feito e técnica de aproximação empregada; uso ou não de tesoura coaguladora; tempo cirúrgico; anatomopatológico da peça cirúrgica; emprego de antibióticos; tempo de permanência hospitalar; e complicações precoces.
Resultados: No período analisado, foram registrados 28 casos. O paciente mais jovem apresentava 16 anos e o mais idoso 86, a média se concentrou nas quinta e sexta décadas de vida. O IMC variou de 19 a 31, com a metade dos pacientes na faixa de 26 a 30 (sobrepeso), dois (7,1%) em obesidade grau I. A classificação ASA mostrou predomínio de ASAII, com 18 (64,2%) pacientes. O método de imagem de predileção no pré‐operatório foi a RNM, em 13 (46,4%) dos pacientes. A análise histológica no pré‐operatório demonstrou predomínio de adenomas tubulovilosos, em 12 (42,8%) casos, seguido por adenoma tubular (seis) e adenoma viloso (dois); 18 das lesões (64,2%) se localizavam ao nível da segunda válvula retal. A maioria das lesões estava nos quadrantes laterais (39,2%), seguido pelo quadrante posterior. A ressecção foi em grande maioria en bloc 26 (92,8%), os outros dois casos em Piecemeal. Em 25 (89,2%) dos casos foi feita aproximação com fios e clipes ou arestas, em três não foi feita aproximação. O tempo cirúrgico variou de 30 a 240 minutos. O uso de antibióticos foi predominantemente profilático (82,1%). A permanência hospitalar foi de um a seis dias, a maioria recebeu alta após dois dias de internação (50%). Foram descritas três complicações.