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Vol. 37. Issue S1.
Pages 173 (October 2017)
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Vol. 37. Issue S1.
Pages 173 (October 2017)
P‐234
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EXPRESSÃO TECIDUAL DA PROTEÍNA COX‐2 EM PACIENTE PORTADOR DE ADENOMA GIGANTE HIPERSECRETOR DO RETO (SÍNDROME DE MCKITTRICK‐WHEELOCK)
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Carlos Augusto Real Martinez, Lílian Vital Pinheiro, Michel Gardere Camargo, João José Fagundes, Maria de Lourdes Setsuko Ayrizono, Cláudio Saddy Rodrigues Coy
Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Campinas, SP, Brasil
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Introdução: A síndrome de McKittrick‐Wheelock (SMW) caracteriza‐se pela presença de adenoma gigante hipersecretor colorretal, diarreia mucoide intensa associada a distúrbios hidroeletrolíticos graves que podem ocasionar insuficiência renal e óbito. A diarreia na SMW encontra‐se relacionada à maior produção tecidual de PGE‐2 e COX‐2 nos adenomas.

Objetivo: Relatar um caso da SMW que apresentava hiperexpressão tecidual de COX‐2.

Relato do caso: Homem, 49 anos, queixava‐se de diarreia frequente e hematoquezia havia três anos que necessitou de internação por desidratação. Havia cinco dias referia agravamento da diarreia acompanhado de astenia, câimbras e prostação. Ao exame, apresentava‐se em REG, descorado, desidratado, taquicárdico e hipotenso. O exame abdominal era normal. No toque retal identificava‐se tumor localizado a 3cm da margem anal, amolecido, móvel, comprometia todo o reto. Os exames laboratoriais mostraram: hipopotassemia, hiponatremia, hipocloremia e elevação da creatinina. Foi encaminhado para colonoscopia, que identificou extensa lesão vegetante, que se iniciava 1cm acima da linha pectínea e se estendia até 18cm da margem anal. O exame histopatológico diagnósticou adenoma túbulo‐viloso com displasia de alto grau. Submetido a RM da pelve, verificou‐se que a lesão restringia‐se à camada mucosa, não se identificaram linfonodos suspeitos no mesorreto. Pela impossibilidade de ressecção endoscópica, foi indicada retossigmoidectomia com excisão total do mesorreto e reconstituição do trânsito por anastomose coloanal manual com confecção de coloplastia e ileostomia de proteção. Evoluiu favoravelmente e recebeu alta no 8° dia de pós‐operatório. O exame histopatológico identificou adenocarcinoma intramucoso em adenoma túbulo‐viloso do reto, media 17 x 16 x 2cm, com margens distal e radial livres de comprometimento e ausência de metástases nos 44 linfonodos ressecados. A microscopia identificou grande quantidade de células mucosecretoras cujo estudo imuno‐histoquímico mostrou‐se fortemente positivo para COX‐2. Atualmente o doente encontra‐se no 8° mês de pós‐operatório, sem disfunções geniturinárias, aguarda o fechamento da ileostomia. Adenomas túbulo‐vilosos hipersecretores do reto presentes na SMW apresentam aumento da expressão tecidual de COX‐2.

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Journal of Coloproctology

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