Área: Miscelâneas
Categoria: Pesquisa básica
Forma de Apresentação: Tema Livre (apresentação oral)
Objetivo(s): Avaliar fatores de risco encontrados em pacientes submetidos a anastomoses colorretais baixa e ultra‐baixa que complicaram com subestenose e estenose no pós‐operatório
Método: Estudo descritivo qualitativo através de revisão de prontuários retrospectivamente em pacientes submetidos a cirurgias de grande porte com anastomoses colorretais entre os anos de 2013 e 2017 em um hospital da zona leste de São Paulo – SP. A análise dos dados foi realizada através do teste de Qui‐quadrado e Teste de Fisher por meio do software R, IBM SPSS 25 e Excel 2016.
Resultados: As subestenoses e Estenoses ocorreram em 8 (16%) dos pacientes, dentre eles 62,5% (p=0,043) eram tabagistas e 75% (p=0,062) foram submetidos a neoadjuvância anteriormente. Dos pacientes que apresentaram esta complicação 25% (p=0,023) necessitaram ser submetidos a procedimentos de dilatação retal com velas ou via colonoscopia com passagem de balão. Além disso, 50% foram submetidos a re‐operação por complicações associadas, como abscesso em 25% ou deiscência de anastomose em 50% dos casos de subestenose ou estenose. Entre os 8 pacientes com a complicação avaliada, foi optado em 50% dos casos por ileostomia de proteção, porém nenhum destes realizou reconstrução de trânsito posteriormente. Não houve significância estatística em alguns fatores estudados como o sexo, tipo de cirurgia, tipo de sutura, altura de anastomose e presença de ileostomia de proteção.
Conclusão(ões): Pacientes tabagistas e que foram submetidos a neoadjuvância por neoplasia maligna de reto possuem um risco maior de desenvolver estenose ou subestenose no pós‐operatório. A estenose/subestenose isoladamente não é um fator de risco para reoperação, mas se associado a outras complicações, passa a ser considerado um fator de risco considerável. Pacientes submetidos a procedimentos com anastomose baixa e, principalmente, ultra‐baixas, apresentam alto risco de deiscência de anastomose, na série estudada 8 (16%) destes pacientes apresentaram algum nível de escape anastomotico, com consequente subestenose ou estenose.