Área: Cirurgia Minimamente Invasiva, Novas técnicas cirúrgicas/Avanços Tecnológicos em Cirurgia Colorretal e Pélvicas e Anorretais
Categoria: Pesquisa básica
Forma de Apresentação: Pôster
Objetivo(s): Estomas são aberturas propositalmente feitas na superfície do corpo levando a comunicação entre a pele e uma víscera oca. São criadas para desviar o conteúdo intraluminal em casos de cirurgias gastrointestinais. A parte do processo de ostomia menos estudada é o seu fechamento. É nele que existem altas taxas de complicações, como infecção de sítio cirúrgico, fístulas, deiscência ou obstrução intestinal. Dessa forma, esse trabalho tem como objetivo demonstrar os resultados iniciais obtidos com a técnica Vulkan.
Método: O presente estudo retrospectivo teve como amostra o banco de dados do Hospital Universitário da Universidade Federal de Sergipe, elegendo apenas pacientes do ambulatório de coloproctologia ostomizados e posteriormente submetidos à reconstrução do trânsito pela técnica de Vulkan. Foram analisados a idade, sexo, fatores que desencadearam a necessidade da ostomia, as comorbidades do paciente, complicações no perioperatório, no pós‐operatório imediato e tardio, assim como o tempo de cicatrização da ferida operatória.
Resultados: Foram 6 pacientes ao total que utilizaram a técnica Vulkan para o fechamento das enterostomias. A idade média foi de 48 anos. Em relação ao gênero, 83.33% eram masculino e 16,66% eram feminino. Dos diagnósticos pré‐operatórios, 50% foram trauma pélvico, os demais foram: obstrução por adenocarcinoma de reto médio, Síndrome de Fournier e ferimento por arma de fogo em parede abdominal com comprometimento de reto intraperitoneal. As colostomias em alça corresponderam a 83,33% enquanto as ileostomias 16,66%. A comorbidade encontrada foi hipertensão arterial sistêmica em 33,33% dos pacientes. Um único paciente, com sigmoidostomia em alça, evoluiu com fístula enterocutânea e infecção de ferida operatória, tratada conservadoramente. O tempo de cicatrização completa teve uma média de 28.5 dias.
Conclusão(ões): Nossa experiência inicial nesta técnica demonstra a eficácia e exequibilidade deste tipo de procedimento em nosso meio. Os resultados alcançados neste estudo estimulam novas pesquisas com a técnica Vulkan, agregando dados para futuros estudos. É notado melhor resultado estético e conforto pós‐operatório para o paciente. Isso mantêm nosso empenho pela continuidade deste procedimento acessível e promissor.