Objetivo: Determinar fatores clinico‐patológicos associados ao não comprometimento linfonodal (ypN0) e criar um nomograma para predizer a ocorrência de ypN0.
Materiais: Análise retrospectiva de informações extraídas de um banco de dados prospectivamente atualizado, consistindo em pacientes com adenocarcinoma do reto extraperitoneal, estádio II e III, submetidos à quimio‐radioterapia (CRT) neoadjuvante. A partir da análise estatística bivariada e multivariada, utilizando‐se modelo de regressão de Poisson simples e múltipo, foi possível identificar variáveis associadas à ocorrência de ypN0.
Resultados: Foram analisados 102 pacientes, sendo que 72 (70,58%) indivíduos apresentaram ypN0. Do ajuste do modelo de regressão de Poisson, apenas as variáveis estadio clínico (EC) pós‐operatório (p=0,0445), área (p=0,0068), grau de diferenciação (p=0,0234) e invasão angiolinfática (0,0170) apresentaram uma associação significativa com a presença de ypN0. A partir destes dados, foi possível o desenvolvimento de um nomograma para predição de ocorrência ypN0.
Conclusão: O desenvolvimento de ferramentas preditoras de comprometimento linfonodal podem ajudar na implementação de estratégias de preservação de órgão.