Área: Doenças Anorretais Benignas
Categoria: Relatos de caso
Forma de Apresentação: Pôster
Objetivo(s): Por se tratar de uma patologia com manejo complexo, objetiva‐se relatar um caso de fístula retovaginal.
Descrição do caso: Paciente, 24anos, leucoderma, com relato de Bartolinite drenada há um ano, nulípara, com queixa de saída de secreção fétida pelo ânus e vagina também há um ano. Apresentava diagnóstico prévio de fístula retovaginal e histórico de três procedimentos cirúrgicos para correção desta fístula, sem sucesso. Realizou investigação com ressonância magnética de pelve para definição do trajeto fistuloso, neste atendimento, sendo posteriormente submetida a novo procedimento cirúrgico, foi identificado os orifícios, interno e externo com auxílio do estilete flexível e dissecção do trajeto fistuloso com avanço de retalho mucoso do reto após fechamento do orifício interno. Paciente no pós‐operatório evoluiu um flegmão em região de glúteo esquerdo sendo prescrito a associação de metronidazol 400mg 8/8h e e ciprofloxacino 500mg 12/12h por dez dias. Após 30dias do procedimento cirúrgico, a ferida operatória evoluiu com boa cicatrização e sem recidiva local da fístula
Discussão e Conclusão(ões): As fístulas retovaginais acarretam sintomas significativos e angustiantes para as pacientes, interferindo em sua qualidade de vida, sendo o tratamento muitas vezes desafiador. Algumas mulheres com fístulas após trauma obstétrico podem evoluir com fechamento espontâneo, em um período de seis a nove meses. No entanto, as que evoluem para correção cirúrgica, devem ser considerados na escolha da abordagem, o número e tipo de reparos anteriores, integridade do esfíncter, bem como fatores de risco da paciente. 1,2 Os avanços de retalhos estão associados a altas taxas de recorrência, provavelmente devido a falha técnica com volume inadequado de tecido bem vascularizado. A reconstrução através de interposição de tecidos autólogos, como retalho de Martius e retalho de grácil, por exemplo, parece mais promissora por introduzir tecidos vascularizados e saudáveis, cria melhores condições para cicatrização local e correção do defeito.2.
Conclusão: As fístulas retovaginais são difíceis de manejar, e o nível de evidência das abordagens cirúrgicas consiste basicamente em estudos de casos, sendo a taxa de falha e a taxa de recorrência elevadas.