Área Miscelâneas
Categoria Relatos de caso
Forma de Apresentação Pôster
Objetivo(s) Relatar caso de tumoração ileal com diagnóstico de tumor estromal gastrointestinal
Descrição do caso Paciente sexo masculino, 56 anos, admitido em pronto‐socorro com relato de diagnóstico de colelitíase há dois anos, com sintomas de colecistite e achados laboratoriais e de exames de imagem concordante a diagnóstico, fora internado em uso de tratamento sintomático e antibioticoterapia para programação cirúrgica, paciente cardiopata em uso de antiagregante internado para avaliação cardiológica e anestésica pré‐operatória, evoluindo em internação com dor abdominal de forte intensidade associada a vômitos e refratária a analgesia, sendo realizada tomografia de abdome aos sete dias de internação com achados de lesão parietal sólida irregular de aspecto neoplásico no íleo distal, medindo 2,8 x 2,2cm, com extensão de 5,5cm, determinando estenose luminal e distensão do segmento duodenal à montante. Duas lesões nodulares sólidas na fossa ilíaca direita, medindo 2,0 e 1,0cm. Apêndice cecal individualizado, com diâmetro máximo de 6mm, apresentando gás no interior do lúmen distal. Sendo procedida laparotomia exploradora com secção de tumoração ileal com margens e manutenção de vascularização, optada por enterectomia com retirada de segmento distal de íleo e colectomia direita e reconstrução de trânsito com anastomose de síntese manual termino‐ terminal (íleo+cólon transverso) e colecistectomia, paciente evoluiu bem em pós‐operatório com laudo histopatológico de lesão em íleo terminal correspondente a diagnóstico de tumor estromal gastrointestinal, 6,0 x 6,0cm, Índice mitótico 10/50 CGA, não evidenciada necrose, margens cirúrgicas livres.
Discussão e Conclusão(ões) Os tumores estromais gastrointestinais tem sua origem a partir de células intersticiais de Cajal. Ocorrem por volta da 6ª década de vida, distribuição igual entre os sexos, com predomínio na raça negra. Representam 80% dos tumores mesenquimais do trato digestivo, de um modo geral, se apresentam com dor abdominal, massa abdominal palpável, anemia ferropriva, emagrecimento e fenômenos obstrutivos, sendo de tratamento cirúrgico ou endoscópico com margens livres, sendo geralmente mais agressivo quando possui índice mitótico maior que 5 mitoses por 50 CGA e tamanho maior que 5cm. Paciente segue em ambulatório de oncologia a espera de estudo imuno‐histoquimico com boa aceitação de dieta, eliminações preservadas e boa evolução, sem intercorrências em pós‐operatório.