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Vol. 37. Issue S1.
Pages 144 (October 2017)
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Vol. 37. Issue S1.
Pages 144 (October 2017)
P‐164
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GOSSIPIBOMA EM CÓLON SIGMOIDE DE PACIENTE SINTOMÁTICO APÓS UM ANO DE PÓS‐OPERATÓRIO DE OOFORECTOMIA
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Diego Vasconcelos Menezesa, David Smangoszevcki Martinsa, Marcela Nunes Avelara, Pedro Gomes Mendonçaa, Jilvando Matos Medeirosb, Caio Brenno Acreub, Rafael Pedrosa Bragaa
a Universidade Federal do Acre (UFAC), Rio Branco, AC, Brasil
b Universidade Federal de Roraima (UFRR), Boa Vista, RR, Brasil
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Introdução: Estatísticas mostram uma incidência de 0,2% de corpos estranhos na retenção pós‐operatória em cirurgias abdominais. Fato que pode gerar complicações e risco de vida ao paciente, com mortalidade aproximada de 15%. O organismo pode apresentar dois tipos de resposta: encapsulamento do material, com oligossintomatologia ou reação purulenta devido à infecção bacteriana, normalmente forma abscessos, e presença de quadro clínico mais grave, o tempo de ocorrência é relativo e pode evoluir com calcificação e até remissão.

Relato do caso: J.L.L., feminino, 28 anos, parda, residente em Rio Branco (AC), deu entrada em pronto‐socorro, em abril de 2017, com histórico de ooforectomia direita havia um ano. Foi internada para fins diagnósticos. Na admissão, apresentou quadro de diarreia havia cinco meses, em média de seis episódios com rajas de sangue e dor em epigastro e hipocôndrio direito com vômitos e perda ponderal de 33kg. Os exames de imagem e laboratoriais não evidenciaram alterações. Entretanto, na tomografia abdominal apresentou evidências de corpo estranho no cólon sigmoide. A colonoscopia apresentou proctite leve, corpo estranho colônico que evidenciava gossipiboma a aproximadamente 20cm da margem anal. Atualmente, após 60 dias de internação, apresenta melhoria dos sintomas, com duas evacuações diárias de consistência endurecidas sem sangramentos, aceita dieta, mas persiste dor abdominal.

Discussão: Inicialmente, a paciente apresentou síndrome gastrointestinal e perda de peso, levantou hipóteses que divergiam dos achados de imagem. Na avaliação da colonoscopia juntamente com o histórico da paciente houve suspeita de corpo estranho proveniente da ooforectomia feita, indicou‐se cirurgia de retirada.

Conclusão: Observa‐se uma discrepância sobre o caso analisado em relação à maioria dos relatos existentes na literatura, que descrevem sintomatologia majoritariamente até 13 dias, enquanto a paciente apresentou sintomas sete meses após procedimento cirúrgico. A colonoscopia foi uma ferramenta diagnóstica essencial para fechamento da conduta clínica. Paciente aguarda liberação da regulação local para laparotomia.

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Journal of Coloproctology

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