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Vol. 38. Issue S1.
Pages 50 (October 2018)
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Vol. 38. Issue S1.
Pages 50 (October 2018)
P184
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GRANULOMA POR FÍSTULA ANAL MIMETIZANDO LESÕES TUMORAIS: RELATO DE CASOS E REVISÃO DE LITERATURA
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Izabella Cristina Cristo Cunhaa,b, Izabella Cristina Cristo Cunhaa,b
a COLIC, São Paulo, SP, Brasil
b Hospital Geral de Pedreira, São Paulo, SP, Brasil
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Introdução: Lesões tumorais em região perianal são sempre de caráter preocupante, visto o possível diagnóstico de malignidade e potencial de ressecabilidade podem ocasionar distúrbios da continência.

Objetivo: Apresentar 02 casos de pacientes com diagnóstico de fístula anal com áreas de granulomatose com aspecto pseudotumoral, bem como revisar os principais diagnósticos diferenciais.

Caso 1: 32 anos, história pessoal de fístula perianal. Proctológico: nodulação extensa de 6 x 8cm em quadrante anterolateral direito a 20cm da borda anal estendendo‐se para região perineal entre períneo e base de bolsa escrotal. A ressecção primária, com lesão granulomatosa extensa a 16cm da BA com 8,5 x 6,5cm, aproximadamente, pouco aderida à planos profundos, de característica pediculada, com trajeto retilíneo às 11 horas anterolateral direito desenvolvendo‐se a partir de orifício interno às 9 horas. Optado por retalho de avanço lateral direito, realizado sem intercorrências. Fechamento e aproximação de ferida externa.

Caso 2: masculino, 68 anos, hematoquezia e saída de discreta e secreção em ânus. Ao exame: lesões elevadas em canal anal sem sinais de abscesso. Proctológico com canal anal de complacência e distensibilidade diminuídas às custas de discreta estenose. Presença de lesões elevadas sendo de características granulomatosas e comunicação subcutânea de 5cm em região glútea posterior lateral direita, com trajeto fistuloso arciforme coincidente com orifício externo as 9 horas e orifício interno lateral direito bem definido a 2cm da BA internamente. Realizada fistulectomia inicial com destelhamento deste trajeto e ressecção da maior lesão.

Discussão: Fístulas anorretais são comuns, acompanham frequentemente e orifícios e áreas com inflamação crônica. A formação de granulomas maiores pode aventar a suspeita de neoplasias ou doença inflamatória intestinal. Lesões granulomatosas gigantes são raras. Dentre lesões pseudotumorais benignas desta região, mais raramente podemos encontrar condilomas acuminados, tuberculose, tumores benignos de pele (fibromas, hamartomas). Muitos casos a ressecabilidade se faz necessária para o estabelecimento do diagnóstico primário, que pode estar fora da região anal.

Conclusão: As lesões pseudotumorais devem fazer parte do hall de diagnósticos diferencias do Proctologista. Avaliar a ressecabilidade com preservação esfincteriana faz‐se fundamentas, visto a benignidade das lesões.

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