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Vol. 37. Issue S1.
Pages 54 (October 2017)
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Vol. 37. Issue S1.
Pages 54 (October 2017)
V1‐08
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HÉRNIA PERINEAL PÓS‐AMPUTAÇÃO DE RETO: UMA NOVA TÉCNICA DE POSICIONAMENTO DE TELA POR LAPAROSCOPIA
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Rodrigo Castanho Campos Leite, Luis Gustavo Capochin Romagnolo, Raphael Oliveira e Silva, Vitor Horta Lima Filho, Maximilano Cadamuro Neto, Marcos Vinicius Araújo Denadai, Carlos Augusto Rodrigues Véo
Hospital de Câncer de Barretos, Barretos, SP, Brasil
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Introdução: A hérnia perineal (HP) é definida como um defeito do assoalho pélvico através do qual as vísceras intra‐abdominais podem protrair. O HP pode ser primário (congênito) ou secundário (pós‐operatório). Apesar da baixa incidência de HP, várias técnicas cirúrgicas foram propostas para preveni‐la ou tratá‐la, mas nenhuma delas é considerado um tratamento padrão‐ouro. A hérnia perineal pós‐operatória geralmente é assintomática, mas pode causar desconforto enquanto está sentado, erosão da pele saco herniado, obstrução intestinal, micção difícil secundário à herniação da bexiga urinária ou evisceração. O reparo cirúrgico pode ser através da via abdominal (laparotomia ou videolaparoscopia), perineal ou combinada.

Metodologia: Correção de hérnia perineal videolaparoscópica (HPVLP) de um paciente de 73 anos, hipertenso e com hipotireoidismo, não tabagista, sem cirurgias prévias, com história de adenocarcinoma de reto baixo. Submetido previamente à quimioterapia e radioterapia neoadjuvante, posteriormente feita amputação abdominoperineal do reto videolaparoscópica com quimioterapia adjuvante. Evoluiu, um ano e dois meses após, com hérnia perineal. Feita a correção da hérnia perineal pela via videolaparoscópica e posicionada uma tela absorvível em “forma de cone” e livre de tensão. A tela foi fixada com protack® anteriormente no peritônio posterior da bexiga, lateralmente nos peritônios laterais remanescentes e posteriormente no promontório. Feita sutura de reforços nas brechas da tela para evitar interposição de vísceras.

Resultados: As vantagens conhecidas da cirurgia minimamente invasiva, como menor tempo de internação hospitalar, taxa reduzida de infecção do ferimento, melhor conforto e recuperação do paciente e melhores resultados cosméticos, estão presentes na correção de HPVLP. O paciente apresentado recebeu alta hospitalar no primeiro dia de pós‐operatório, evoluiu sem intercorrências e sem recidiva até o presente momento.

Conclusão: O tratamento VLP da HP é factível e o posicionamento da tela absorvível em forma de cone, livre de tensão, é uma tática cirúrgica promissora.

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Journal of Coloproctology

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