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Vol. 37. Issue S1.
Pages 138-139 (October 2017)
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Vol. 37. Issue S1.
Pages 138-139 (October 2017)
P‐152
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HERPES PERIANAL NO PACIENTE ONCOLÓGICO: RELATO DE CASO
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Alexandre Dias França, Luis Gustavo Capochin Romagnolo, Maximiliano Cadamuro Neto, Marcos Vinicius Araujo Denadai, Carlos Augusto Rodrigues Véo
Hospital de Câncer de Barretos, Barretos, SP, Brasil
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Introdução: O herpes genital é uma doença sexualmente transmissível comum, afeta mais de 400 milhões de pessoas em todo o mundo. É causada pelo vírus do herpes simples (HSV 1 e 2) e caracterizada por reativação periódica. Os sinais clínicos mais frequentes são: vesículas isoladas ou agrupadas nas genitais, períneo, nádegas, parte superior das coxas ou áreas perianais que evoluem para úlceras. Os sintomas podem incluir mal‐estar, febre ou adenopatia localizada. Os surtos subsequentes, causados pela reativação do vírus latente, geralmente são mais leves.

Descrição do caso: Paciente M.O.S., 70 anos, masculino, apresentou lesão perineal ulcerada havia dois meses com dor e drenagem de secreção local, submetido a tratamento com antifúngico sem sucesso. HPP: scompanhamento com equipe de hematologia por timoma metastático com doença estável. Exame físico: lesão ulcerada dolorosa e exsudativa em sulco interglúteo e região perianal. Toque retal sem lesões. Conduta: curativos diários, biópsia de lesão e sigmoidostomia em alça. Evolução: anatomopatológico e IHQ sugestivos de quadro inflamatório provavelmente associado à infecção por herpes vírus. Além de desvio do trânsito intestinal e curativos diários com equipe de estomatoterapia, iniciado antiviral oral (aciclovir), com melhoria significativa.

Discussão: O tratamento de lesões herpéticas perianais frequentemente envolve a necessidade de tratamento precoce. O tratamento das lesões mais graves muitas vezes engloba uso de fármacos antivirais em associação com cirurgia derivativa (colostomia) e curativos diários. Durante a condução do caso torna‐se importante a biópsia para excluir a possibilidade de neoplasia ou infecções fúngicas crônicas, principalmente quando as lesões tendem à cronicidade ou há baixa resposta ao tratamento inicial (sobretudo quando os pacientes são imunodeprimidos ou trataram neoplasia maligna prévia).

Conclusão: O manejo das lesões herpéticas perianais envolve tratamento multimodal, que engloba uso de antivirais em associação com cirurgia derivativa e curativos diários, com ótimos resultados.

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Journal of Coloproctology

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